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ONGs de Mulheres beneficiam de fundos e sistemas de conservação de pescado em Moma e Angoche

Cinco Organizações não Governamentais Nacionais compostas, na sua maioria, por mulheres que se dedicam à compra, processamento, conservação e comercialização do pescado nos distritos de Angoche e Moma , acabam de beneficiar de cinco congeladores com capacidade de 450 litros cada e igual número de “cólmanes”, avaliados em mais 120 mil meticais, destinados a incrementar as iniciativas empreendedoras a nível daquela região costeira da província.

Além destes meios de conservação, cada associação foi, igualmente, contemplada com cheques de 40.350 meticais, cujo processo de reembolso está aprazado para um período de um ano, com efeito a partir de 2012, e não comporta qualquer juro.

Trata-se de um Projecto de Promoção de Actividades de Geração de Rendimento para Mulheres (PPAGEREMU) promovido pela Associação Nacional de Extensão Rural (AENA), com o objectivo de contribuir para a melhoria do nível de vida das comunidades rurais através de incentivos às iniciativas locais, para além de dinamizar o aproveitamento sustentável dos recursos naturais, desenvolver as políticas de género, meio ambiente e combate ao HIV/SIDA, entre outros.

Nas cerimónias que assinalaram os referidos apoios materiais e pecuniários aos associados de Macone, Pilivili e Inguri, nos distritos de Moma e Angoche, António Lourenço Mutoua, director operativo da AENA, referiu que o acto se enquadra no âmbito das celebrações do 5º Aniversário da sua agremiação, cuja missão consiste em prestar serviços de extensão, visando, essencialmente, facilitar o desenvolvimento sócioeconómico das comunidades rurais através da capacitação, advocacia e partilha de conhecimentos tecnológicos nas áreas temáticas de Agricultura, Nutrição, Segurança alimentar e económica, Meio ambiente, Água e Saneamento, incluindo a governação de recursos naturais.

A fonte explicou que a AENA tem vindo trabalhar com o Projecto das Ilhas Primeiras, localizadas em Pebane, na província da Zambézia, e das Ilhas Segundas, situadas nos distritos de Moma e Angoche, na província de Nampula, implementado pela CARE e WWF, destinado à promoção sustentável da conservação e preservação dos recursos naturais marinhos e costeiros. Falando a jornalistas momentos depois do acto de entrega, aquele representante referiu que a sua organização considera extremamente importante o facto do pescado constituir uma grande fonte de receita para o sector familiar a nível das comunidades, tendo em conta que a actividade é praticada por grupos organizados e constituídos por mulheres empenhados no aumento das suas rendas familiares.

Para a materialização do projecto, foram identificadas numa primeira fase 10 comunidades com 20 associações nos distritos de Angoche e Moma, que se incumbirão de, ao longo do período 2010/2012, contribuir para a melhoria dos recursos naturais pesqueiros existentes nas suas comunidades. Orçado em 4.95 milhões de coroas dinamarquesas o que corresponde a 921.780,00 provenientes da Embaixada Real da Dinamarca em Moçambique, através da DANIDA, o projecto prevê abranger cerca de 500 mulheres organizadas em associações legalizadas que se dedicam à actividades de renda.

Por seu turno, as beneficiárias mostraram-se satisfeitos pela iniciativa e comprometeram-se na prospecção de melhores mercados para colocação do seu pescado, para além de se empenharem afincadamente no sentido de propiciar a rotatividade da disponibilização dos montantes às demais agremiações congéneres interessadas.

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