A Organização Mundial da Saúde (OMS), em Moçambique, acusou recentemente alguns médicos moçambicanos de apenas se limitarem a ouvir as declarações dos pacientes sobre as suas enfermidades e não realizarem exames clínicos concretos para determinar a doença e medicamentos a serem usados no seu tratamento.
Através do seu representante em Moçambique, El Hadi Benzerroung, a mesma organização mundial denunciou também alguns farmacêuticos moçambicanos que vendem medicamentos sem quererem saber se o interessado foi recomendado por um médico, indicando que aquela situação resvala para o aumento da taxa de resistência aos anti-microbianos, uma vez que o crescimento das bactérias, vírus, fungos e parasitas não é interrompido pelo nível máximo de um antimicrobiano.
“Alguns diagnósticos médicos são duvidosos por se basearem apenas em declarações dos pacientes, escusando-se os médicos de realizar exames clínicos necessários para o tratamento da doença ser perfeito”, enfatizou Benzerroung, falando em Maputo durante um encontro de trabalho sobre a resistência aos anti-microbianos.
Para colmatar estas situações, Benzerroung disse que a OMS, em Moçambique, vai passar a monitorar a indústria farmacêutica nacional, visando combater a problemática da resistência no tratamento de doenças como o HIV/SIDA, malária e tuberculose.
Os comentários de Benzerroung foram proferidos por ocasião do Dia Mundial da Saúde, comemorado na passada quinta-feira, sete de Abril.
Por outro lado, aquela instituição da Organização das Nações Unidas (ONU) deverá, entre Agosto e Outubro de 2011, realizar em Maputo um curso de formação de técnicos da Saúde, particularmente, farmacêuticos, no sentido de os dotar de conhecimentos sobre uso racional de medicamentos.