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Ofensiva militar do governo mata mais de 50 rebeldes na Ucrânia

Mais de 50 rebeldes pró-Rússia foram mortos em uma ofensiva sem precedentes de forças do governo ucraniano que entrou no segundo dia nesta terça-feira, após o recém-eleito presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, ter prometido esmagar a revolta no leste de uma vez por todas.

Os jornalistas da Reuters contaram 20 corpos em roupas de combate numa sala do necrotério de Donetsk. Em alguns dos corpos faltavam membros, sinal de que o governo havia utilizado forte poder de fogo contra os rebeldes pela primeira vez.

“Do nosso lado, há mais de 50 mortos”, disse o primeiro-ministro dos rebeldes que se auto-intitulam República Popular de Donetsk, Alexander Borodai, à Reuters, num hospital. O governo disse não ter sofrido perdas na operação, iniciada com ataques aéreos horas depois de os ucranianos terem elegido como presidente o bilionário Poroshenko.

O presidente russo, Vladimir Putin, que declarou o direito de Moscou de intervir para proteger a população de língua russa na Ucrânia, exigiu a paralisação imediata da ofensiva militar. Moscovo também disse que não consideraria receber uma visita por parte de Poroshenko para quaisquer negociações.

Até agora, as forças ucranianas estavam prometendo de modo geral lançar ofensivas contra os separatistas, em parte por medo de que, segundo eles, isso pudesse precipitar uma invasão de dezenas de milhares de soldados russos posicionados na fronteira.

Mas o governo em Kiev parece ter interpretado a grande vitória eleitoral de Poroshenko – com mais de 54 por cento votos numa disputa com 21 candidatos – como um mandato para acção decisiva.

Depois de os rebeldes terem tomado o aeroporto de Donetsk na segunda-feira, os aviões de guerra ucranianos e helicópteros atacaram-os pelo ar, e os paraquedistas foram usados como parte da ofensiva.

O tiroteio aconteceu durante a noite e, esta terça-feira, a estrada para o aeroporto tinha sinais de combate. “O aeroporto está completamente sob controle”, disse o ministro do Interior, Arsen Avakov, a jornalistas em Kiev.

“O adversário sofreu pesadas perdas. Não perdemos ninguém”, acrescentou. “Vamos continuar a operação antiterrorista até que não sobre nenhum terrorista no território da Ucrânia”, afirmou o primeiro-vice-primeiro-ministro Vitaly Yarema depois de uma reunião do governo. Borodai, o primeiro-ministro rebelde, confirmou que o aeroporto estava agora sob controle do governo.

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