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O mundo recorda os 25 anos do acidente de Tchernobil com Fukushima em pano de fundo

O mundo recorda os 25 anos do acidente de Tchernobil com Fukushima em pano de fundo

Passados 25 anos, o mundo volta, esta terça-feita, a recordar o desastre de Tchernobil (Ucrânia), a maior catástrofe mundial da história do nuclear civil, numa altura em que o mundo voltou a deparar-se com a ameaça global da energia nuclear, após os acidentes ocorridos na central de Fukushima, no Japão.

Os presidentes da Ucrânia, Viktor Ianoukovitch, e da Rússia, Dimitri Medvedev, encontram-se, esta terça-feira, simbolicamente no local onde tudo aconteceu, no dia 26 de Abril de 1986, para discutirem as medidas a tomar para melhorarem a segurança nuclear.

Exactamente à 01h23 do dia 26 de Abril de 1986, o reactor número 4 da central de Tchernobil explodiu durante um teste de segurança, após uma série de erros de manipulação, provocando a expulsão para a atmosfera de elementos radioactivos de uma intensidade equivalente a pelo menos 200 bombas de Hiroshima que contaminaram uma boa parte da Europa.

Após a explosão, para limpar a zona em torno da central, a URSS enviou durante quatro anos cerca de 600 mil “liquidatários”, que foram expostos a fortes doses de radiações com uma protecção mínima. O balanço de perdas humanas em Tchernobil ainda hoje suscita controvérsia.

O comité científico das Nações Unidas que estuda os efeitos das radiações não reconhece mais de 31 mortos – trabalhadores da central e bombeiros – em consequência directa da catástrofe nuclear. Por seu lado, a Greenpeace fala de pelo menos 100 mil mortos em consequência da contaminação radioactiva.

Na altura, o silêncio oficial soviético, seguido de algumas mentiras para evitar o alarme internacional, contribuíram para a contaminação de centenas de milhares de pessoas, principalmente na Ucrânia, Bielorrússia e Rússia.

A URSS só reconheceu o drama nuclear ao final de dois dias, depois de a Suécia ter detectado uma nuvem radioactiva e ter alertado o Mundo no dia 28 de Abril. O Presidente Dimitri Medvedev estimou ontem que “dizer a verdade” foi a principal lição a tirar de Tchernobil.

A central só foi definitivamente encerrada em Dezembro de 2000, mas o reactor que sofreu o acidente em 1986 não foi isolado de forma conveniente, indica a AFP.

Durante uma conferência a 19 de Abril último, em Kiev, a comunidade internacional desbloqueou 550 milhões de euros – de um total de 740 euros que serão necessários – para que seja construído um novo sarcófago para a central de Tchernobil.

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