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O ídolo explica a doença

Magic Johnson, o mais famoso doente de Sida do Mundo – declarouse seropositivo em 1991 – tem dedicado grande parte do seu tempo a palestras de esclarecimento sobre a doença do século.

As escolas e sobretudo a população mais pobre e vulnerável, tem sido a sua grande preocupação. Anos o seu aspecto mantém-se forte, saudável e atlético, nada denunciando a doença de que padece. Mas Magic Johnson, considerado por muitos como o melhor basquetebolista de sempre, tem, desde 1991, Sida. E hoje, sem quaisquer complexos fala disso abertamente nas palestras para as quais é convidado sobretudo nas escolas, para os jovens, tentando convencê-los da importância fundamental da prevenção.

“As duas coisas que me salvaram foram a detecção precoce e os anti-retrovirais”, explicou o ex-jogador de basquetebol aos alunos de uma escola de Washington, a última cidade de um périplo que o levou a outras nove o ano passado para contar a sua experiência como portador de Sida. “Ao longo destes anos, infelizmente, muitas pessoas não tiveram a minha sorte e encontraram a morte”, acrescentou.

Em 1991, a vida de Earvin Johnson Jr, apelidado de Magic pelas suas habilidades junto do cesto, sofreu uma reviravolta inesperada quando análises ao sangue revelaram que o basquetebolista possuía o vírus da imunodeficiência adquirida, vlgo Sida. Magic, numa conferência de imprensa dramática que comoveu o mundo, tornou pública a sua condição de seropositivo, afirmando que iria abandonar a carreira na NBA devido ao perigo de contágio.

A partir daí, Magic converteu-se no rosto mais famoso da luta contra a Sida. “Agora estou aqui diante de vós, para provar que todos aqueles que pressagiaram a minha morte em menos de um ano enganaram-se. Estou aqui para o que sucedeu comigo não suceda convosco”, afirmou Magic Johnson nesse encontro que teve com os alunos de uma escola de Washington citado pelo “The Washington Post”. Em seguida, o ex-desportista insistiu na necessidade dos jovens tomarem precauções porque “o HIV está a expandir-se na nossa comunidade afro-americana de forma muito rápida e o sexo entre adolescentes está também a aumentar.”

Melhorar o conhecimento

Mas Magic não fala só com os mais jovens. O seu discurso endurece quando muda de cenário e fala para um público adulto. Na sua recente visita à Igreja Metropolitana Baptista de Washington criticou o facto de muitos elementos da comunidade negra pensarem que um dia a Sida desaparecerá, como por magia, sendo uma doença que afecta, sobretudo, os homens brancos e homossexuais.

De acordo com aquele diário dos Estados Unidos o reverendo desta Igreja, H. Beecher Hicks, afirmou que “muitas das respostas que os fiéis dão acerca da Sida demonstram uma total ignorância tanto do vírus como da doença em si.” Os números dão razão ao exjogador de basquetebol do Los Angeles Lakers e justificam as suas críticas.

Desde o início da epidemia, há 25 anos, cerca de um milhão de pessoas contraíram o HIV nos EUA e aproximadamente 50% deles são afro-americanos. Efectivamente, o índice de infectados pelo HIV entre os homens afro-americanos é 10 vezes superior ao dos brancos e três vezes maior do que o dos hispânicos. No caso das mulheres o número é ainda bastante superior: em relação à raça branca as afro-americanas registam um índice de infecção 23 vezes superior.

Os esforços educativos realizados por Magic Johnson, que contam com a preciosa colaboração da farmacêutica Abbott, dirigem-se especialmente aos grupos mais vulneráveis, cujo acesso ao sistema de saúde e à informação é mais restrito. As sessões de esclarecimento incidem sobretudo em quatro pontos: prevenção, detecção, uma maior consciência sobre a doença e tratamento.

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