Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

O drama da intransitabilidade rodoviária em Malema

A população residente no posto administrativo de Mutuali, distrito de Malema, e as pessoas que usam a Estrada Nacional número 13, atravessando aquela região de passagem para o distrito de Cuamba, província de Niassa, vivem o pior drama das suas vidas, devido à intransitabilidade da rodovia em virtude do desabamento da ponte sobre o rio Lalasse. Deste modo, as empresas transportadoras de passageiros duplicaram o preço dos bilhetes alegadamente para tentarem compensar os prejuízos.

Com a paralisação da circulação do comboio de passageiros, devido à destruição da linha férrea, no distrito de Malema, as transportadoras que exploram a rota Nampula-Niassa tornaram-se as únicas alternativas para o transporte de pessoas e bens.

Igualmente, a interrupção da comunicação entre a zona norte e o resto do país, através da Estrada Nacional número 1, em consequência do desabamento da ponte sobre o rio Licungo, no distrito de Mocuba, fez com que os camionistas que transportam carga usassem a EN13, passando por Malawi com o objectivo de chegarem a Nampula.

Devido à situação, o troço entre os distritos de Malema e de Cuamba, cujas obras de asfaltagem ainda estão em curso em virtude de se verificarem atrasos na contratação da empreitada, é o único que se encontra em situação de vulnerabilidade no que diz respeito ao trânsito, porque os desvios alternativos criados para dar lugar aos trabalhos apresentam-se alagados.

O @Verdade apurou que as empresas transportadoras de passageiros continuam a prestar os seus serviços para garantirem a circulação de pessoas e bens. Alguns utentes queixam-se de oportunismo. A transportadora Nagi Investimentos é apontada como a principal companhia que agravou o preço de viagem de forma exorbitante.

Os nossos interlocutores referiram que as tarifas foram agravadas significativamente, pois antes do período chuvoso estas custavam 400 meticais e, actualmente, o bilhete para Cuamba tem o valor de 500 meticais. Tentámos ouvir a direcção da empresa Nagi Investimentos, mas os respectivos gestores estavam ausentes.

Manuel José, um dos viajantes, contou que, devido à intransitabilidade da rodovia, um autocarro da Nagi Investimentos, saindo da cidade de Cuamba, transporta passageiros até à sede do posto administrativo de Mutuali. Depois as pessoas são obrigadas a caminhar cerca de 15 quilómetros até à localidade de Nacata 2 para tomarem outro autocarro da mesma empresa e vice-versa.

“Os passageiros que levam fardos de produtos, além das bagagens normais, são forçados a carregá-los na cabeça até ao local”, disse o nosso entrevistado, que se mostra agastado com a situação.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!