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Número de mortos em terremoto turco sobe para 366

Equipes de resgate vasculharam mais fundo nos destroços de prédios, esta terça-feira, numa luta contra o tempo para encontrar sobreviventes de um terremoto no sudeste da Turquia, que matou pelo menos 366 pessoas e deixou dezenas de milhares desabrigadas. Hoje um bebê de 14 dias foi resgatado com vida dos destroços, 46 horas após o terremoto, segundo relato de uma testemunha à Reuters.

Com a esperança de encontrar sobreviventes em meio a toneladas de destroços diminuindo a cada hora, os trabalhadores retiravam mais corpos, enquanto os moradores dormiam ao redor de pequenas fogueiras nas cidades atingidas por novos tremores na província de Van, perto da fronteira iraniana.

Os trabalhadores usavam maquinaria pesada, britadeiras, pás, machados e as mãos nuas para vasculhar entre o aço e o concreto.

“A vida está um inferno. Estamos aqui fora, o tempo está frio. Não há tendas”, disse Emin Kayram, de 53 anos, sentado ao lado de uma fogueira na cidade de Ercis depois de passar a noite com oito parentes numa van estacionada nas redondezas. O sobrinho dele estava preso nos destroços de um prédio perto, onde trabalhadores passaram a noite a escavar.

“Ele tem 18 anos, um estudante. Ainda está preso ali. Esse é o terceiro dia, mas você não pode perder a esperança. Temos que esperar aqui”, disse.

A Administração de Emergência e Desastres disse, Terça-feira, que o número de mortos subiu para 366, com 1.301 pessoas feridas. Esse número deve aumentar ainda mais, já que muitas pessoas continuam desaparecidas e 2.262 prédios desabaram.

As vítimas concentraram-se em Ercis e na capital provincial, Van. Equipes de resgate concentraram os esforços em Ercis, cidade de 100.000 habitantes que foi a mais atingida pelo tremor de 7,2 de magnitude.

O governo do primeiro-ministro, Tayyip Erdogan, recebeu ofertas de ajuda internacional de dezenas de países, inclusive do ex-aliado Israel, mas até agora aceitou ajuda apenas da Bulgária, Azerbaidjão e do Irão.

O Crescente Vermelho é criticado por não conseguir assegurar que alguns dos mais necessitados, em especial nos vilarejos, recebam barracas para passar a noite num momento em que as temperaturas no país estão a cair.

O governo pediu desculpas à população pela demora na distribuição das tendas.

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