Pelo menos 43 pessoas foram mortas em protestos contra o presidente do Congo, Joseph Kabila, incluindo 37 mortos pelas forças de segurança e seis polícias mortos por manifestantes, informou o Human Rights Watch (HRW) nesta terça-feira.
Os protestos na República Democrática do Congo começaram na segunda-feira após a comissão eleitoral decidir tentar adiar a próxima eleição presidencial, marcada para Novembro.
Rivais de Kabila disseram que a proposta de atraso é uma manobra para manter o presidente no poder, embora políticos do partido governista neguem.
Kabila é barrado constitucionalmente de concorrer ao terceiro mandato e os seus aliados dizem que ele irá respeitar a constituição.
Com a insurgência a forçar o encerramento de escolas e paralisando transportes públicos na capital, a Organização das Nações Unidas expressou temores de que a situação possa se agravar.
Durante a noite, diversas pessoas foram mortas quando forças da segurança queimaram a sede do principal partido da oposição, o União pela Democracia e Progresso Social (UDPS), e atacaram prédios de outros partidos da oposição, disse a pesquisadora do HRW África para o grupo sediado em Nova York, Ida Sawyer.
Dezessete pessoas foram mortas durante a noite e nesta terça-feira, enquanto 20 foram mortas na segunda-feira, segunda ela.
“A maioria morreu quando forças da segurança atiraram contra multidões de manifestantes”, declarou a pesquisadora. “Também recebemos relatos confiáveis de que manifestantes mataram ao menos seis policiais e um manifestante do PPRD (partido governista) e que também queimaram e roubaram diversas lojas e esquadras”, disse Ida.