O aumento dos preços dos transportes semicolectivos de passageiros, vulgo chapa-100, em 10%, contribuiu para incrementar a inflação mensal de Dezembro de 2012 em 1,06%, o que concorreu para uma inflação anual de 2,02% e abaixo da meta estabelecida pelo Governo de 5,6%.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, em 2012, o país foi caracterizado por uma relativa estabilidade de preços originada pelo facto dos meses de Fevereiro, Abril, Maio e Junho terem registado quedas significativas de preços e Novembro e Dezembro de 2012 terem-se destacado com aumentos assinaláveis da carestia de vida.
As rendas de casa, amendoim, peixe seco e farinha de milho são produtos que, de parceria com o aumento dos preços dos transportes urbanos de passageiros das cidades de Maputo e Matola, contribuíram com 1,39 ponto percentual positivo na inflação anual de 2,02%, segundo Perpétua Michangula, chefe do Departamento de Preços e Conjuntura do INE.
Acrescentou que a variação média anual de preços situou-se em 2,60% e que, em Janeiro último, a inflação média de 12 meses foi de 10,24%, altura em que as divisões de Educação, Habitação, Água, Electricidade, Gás e outros combustíveis registaram maiores variações anuais de preços de 6,21% e 4,31%, respectivamente.
Em Dezembro último, a cidade da Beira teve uma inflação mensal acima da média de 1,29%, seguida por Maputo e Nampula com 1,01% e 1,03%, respectivamente.
Em termos cumulativos, as cidades de Maputo, Beira e Nampula registaram aumentos de preços de 2,18%, 190% e 1,78%, enquanto em termos médios anuais as mesmas cidades tiveram aumentos no nível geral de preços de 2,09%, 3,07% e 3,14%, respectivamente.
Frisa-se, entretanto, que em 2013 Moçambique espera ter uma inflação anual de 7,5% devido à previsão do aumento menos acelerado da produção de cereais e a tendência de estabilização em alta do preço do petróleo no mercado internacional.
