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Novos embaixadores acreditados em Moçambique

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, recebeu, Quinta-feira, em Maputo, as cartas credenciais dos embaixadores das Seicheles, Austrália, China e Islândia, que irão substituir outros diplomatas que concluíram as suas missões.

Trata-se de Claude Morel, das Seicheles, Graeme Wilson, da Austrália, Li Chunhua, da China, e Maria Erla Marelsdottir, da Islândia. O embaixador chines é o único com residência em Maputo. A embaixadora da Islândia irá trabalhar no seu próprio país e os restantes estarão baseados em Pretória.

Falando no término do evento, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Odelmiro Baloi, disse que, no caso concreto da China, Moçambique tem uma cooperação variada, com destaque para agricultura, onde aquele país asiático está a ajudar no aumento da produtividade.

A China também apoia na formação de quadros, fornecendo bolsas a estudantes moçambicanos. Ao nível da saúde, a China apoia os esforços no país no combate a malária.

“Temos uma cooperação com um peso muito grande no domínio das infraestruturas. Sabe-se que a China está a participar, juntamente com Moçambique, na construção e desenvolvimento de inúmeras infra-estruturas”, disse Baloi.

“Portanto, é uma cooperação quer ao nível político, económico, empresarial, governamental, de elevado nível e com uma elevadíssima dinâmica e no contacto que tive com o embaixador, fica claro que ele vem motivar e manter esta dinâmica actualmente existente entre os dois países”, acrescentou o ministro.

Em relação a Islândia, o governante disse que Moçambique tem uma profunda admiração por aquele país devido a sua rápida recuperação da crise financeira que nos últimos abalou a comunidade internacional. Não obstante a crise, Moçambique continuou a fazer parte de um grupo muito reduzido de países que sempre beneficiou do apoio daquele país europeu.

“Durante o encontro com o Presidente da República, grande parte foi ocupada em querer perceber como é que a Islândia depois duma crise tão profunda conseguiu sair com relativa rapidez”, disse o Ministro, acrescentando que “esta é uma lição que pode contribuir para uma maior motivação da nossa parte. Estamos a enfrentar uma grave situação de cheias com muitos prejuízos, incluindo perdas humanas”.

Em relação a cooperação com a Austrália, Odelmiro Baloi reconheceu a sua contribuição no domínio da formação de quadros moçambicanos, desminagem, governação, entre outras. Sobre as Seicheles, Baloi sublinhou as boas relações existentes entre os dois países a nível bilateral, bem como no âmbito da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), bloco regional de que ambos são parte.

Durante o encontro com o estadista moçambicano, o novo embaixador das Seicheles enalteceu o papel de Moçambique na liderança da SADC, tendo destacado o papel do Presidente Joaquim Chissano na mediação da crise do Madagáscar. No domínio da cooperação bilateral, ambos os países estão a negociar dois acordos, um no sector das pescas e outro na área de finanças e investimentos.

Recentemente foi assinado um acordo de supressão de vistos, o que, segundo o Ministro moçambicano, poderá conferir maior dinamismo na área do turismo. Baloi aproveitou a oportunidade para anunciar que Moçambique alterou recentemente a sua política de vistos.

Segundo o Ministro, trata-se de uma “filosofia de reciprocidade” que visa alterar o cenário anterior de “total abertura” do país adoptada logo depois da guerra civil, em 1992. “Em alguns casos não havia reciprocidade, nós éramos generosos na abertura das nossas fronteiras e não tínhamos reciprocidade do outro lado e decidimos aplicar esse princípio com maior rigor possível”, disse o governante.

“É uma situação definitiva e em função dos resultados nós iremos orientando a aligeirando ou complicando mais, ou seja, tornando a malha mais apertada, mas hoje com o movimento de pessoas de várias nacionalidades, com as crises que ocorrem no mundo – de natureza militar, política e económica – é preciso garantir que os moçambicanos continuem a ser os primeiros em termos de benefícios do que ocorre no país”, acrescentou.

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