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Novo Presidente da UA pede conferência internacional sobre migração

O chefe de Estado mauritano, Mohamed Ould Abdel Aziz, assumiu as suas funções de novo presidente em exercício da União Africana (UA) com uma proposta para a realização duma “grande conferência internacional” sobre a migração e o seu impacto nas economias africanas.

Eleito quinta-feira à frente da organização continental, o Presidente Abdel Aziz indicou que esta conferência se realizaria sob a égide da UA para debater o impacto da migração não apenas nas economias e nas sociedades africanas mas igualmente nas dos países de destino.

Falando durante a cimeira que se iniciou na capital etíope, o novo Presidente da UA explicou que o principal objetivo desta reunião proposta seria « formular uma visão comum sobre este fenómeno e minimizar a sua dimensão trágica ».

Ele lembrou que a criação da UA em 1999 foi a expressão do compromisso dos líderes africanos « de revitalizar o papel da nossa organização com vista a enfrentarmos novos desafios do continente e do mundo, em particular em matéria de segurança e de desenvolvimento socioeconómico ».

Por conseguinte, disse, é hoje importante elaborar-se abordagens continentais que permitam juntar «os nossos esforços e os dos nossos parceiros internacionais » atendendo à natureza de algumas ameaças transfronteiriças.

«É necessário que o nosso continente tome o seu verdadeiro lugar na cena internacional, em particular a nível do Conselho de Segurança das Nações Unidas », além dos grandes esforços envidados a nível de cada país, sugeriu o Presidente Abdel Aziz.

Por seu turno, a Comissão da UA (CUA) declarou estar a trabalhar com a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e as Comunidades Económicas Regionais (CER) para promover os Processos Consultivos Regionais sobre a Migração em África que incluam o diálogo entre as partes interessadas, designadamente Estados e organizações da sociedade civil.

A UA decidiu igualmente proceder, com a União Europeia (UE), a uma «avaliação profunda das falhas das políticas sobre circulação de pessoas entre estas duas regiões, na sequência do incidente « trágico » (naufrágio de migrantes africanos no Mar Mediterrâneo) em Lampedusa (ilha italiana), ocorrido em agosto de 2013 e que fez mais de 360 mortos.

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