Enquanto a polémica aumenta sobre a suposta morte do líder da Boko Haram, Abubakar Shekau, a seita islamita retomou as suas ações, matando quatro pessoas num ataque quarta-feira de madrugada em Flatari, no Estado de Borno, no norte da Nigéria.
Desconhecidos armados a bordo duma motoriza no bairro de Flatari na localidade de Gamboru Ngala, no Estado de Borno, ordenaram nas primeiras horas da manhã os habitantes a sair das suas casas antes de disparar contra eles. Esta localidade, fronteiriça com os Camarões, está situada a cerca de 135 quilómetros da capital do Estado, Maiduguri, considerada como a base espiritual da seita mortífera.
A razão deste ataque é desconhecida, mas a imprensa local revela que poderá tratar-se de represálias contra a detençaõ de membros da Boko Haram na região. A seita visou recentemente civis que se organizaram em grupo de supervisão para perseguir os seus membros e entregá-los à Força Militar Mista (JTF), que combate a seita.
Segunda-feira, o porta-voz da JTF, o tenente-coronel Sagir Musa, anunciou que Abubakar Shekau poderá ter morrido na sequência dos ferimentos que sofreu durante uma ofensiva do Exército entre 25 de julho e 03 de agosto na região fronteiriça entre a Nigéria e os Camarões.
Mas, o comando militar declarou que não havia prova formal da morte do líder da seita. Desde o lançamento da sua violenta campanha em 2009, em parte para apoiar a criação dum Estado islâmico na Nigéria, a Boko Haram, que significa “a educação ocidental é proibida” na língua local haussa, matou três mil pessoas no norte maioritariamente muçulmano.
