Moçambique precisa de aplicar cerca de 3784,12 milhões de meticais para tornar o sector da aquacultura mais competitivo e economicamente sustentável durante o período 2013/2018, revela um estudo do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Aquacultura (INAQUA).
O valor destina-se à viabilização de vários projectos em curso ou em negociação com diferentes operadores nacionais e estrangeiros interessados em desenvolver aquela actividade em Moçambique, de acordo com a investigação, salientando que a missão do INAQUA é tornar o sector competitivo, sustentável e com rápido crescimento para “alcançar uma produção de cerca de 164.400 milhões de dólares norte-americanos até 2017”.
A pesquisa estima em cerca de 258 mil hectares o volume de terra disponível para a prática da aquacultura de água doce no país, acrescentando, entretanto, que, apesar daquele potencial, apenas dois mil hectares é que são aproveitados para aquele efeito.
Na área costeira, Moçambique dispõe de um potencial de cerca de 33 mil hectares de terra adequada para a prática da aquacultura, uma actividade que serve de fonte de subsistência para mais de 5500 produtores a tempo parcial.
O desenvolvimento da aquacultura, em Moçambique, “tem sido lento ao longo dos anos”, reconhece o INAQUA, apontando o difícil acesso a financiamento, falta de diversidade de espécies, fraca coordenação inter-sectorial e o ainda pouco interesse de pequenas e médias empresas nacionais em explorar o sector como constrangimentos que impedem o rápido progresso daquela actividade produtiva no país.
Camarão e peixe tilápia são as principais espécies produzidas pelas sete empresas semi-industriais activas, desde o arranque da estratégia de exploração da actividade da aquacultura, em 1990.
Estima-se que aquele sector emprega cerca de dois mil trabalhadores, segundo ainda o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Aquacultura, instituição adstrita ao Ministério das Pescas.
