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“Não tenho preço para fazer desaparecer Renamo”– Afonso Dhlakama

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, diz que o ex-movimento armado que dirige “jamais desaparecerá” e ele “nunca aceitará ser comprado por quem quer que seja para que este partido suma do mapa das formações partidárias” em Moçambique.

“Jamais desaparecerá a Renamo. Eu nunca aceitarei ser comprado por quem quer que seja para que este partido suma do mapa das formações partidárias em Moçambique. Portanto, não tenho preço, pois nem com mil milhões de meticais aceitarei fazer desaparecer a Renamo” – foi com estas palavras que Afonso Dhlakama quis defender a manutenção do ex-movimento guerrilheiro.

Pronunciando-se na reunião regional Centro do seu partido, terminada, Sexta-feira, na cidade central da Beira, Dhlakama prosseguiu com o seu discurso, dizendo: “Digo, só o povo é que decide para acabar com a Renamo, pois a Renamo não é de Dhlakama, é do próprio povo e eu sou simplesmente uma espécie de motorista que conduz uma viatura para um determinado destino”.

Dhlakama falava a delegados de Tete e Manica, bem como da província anfitriã, Sofala, numa reunião, que visava traçar uma estratégia para a efectivação das propaladas manifestações contra ao que chamou da “má governação da Frelimo (partido no poder)”. “Só o povo é que tem dinheiro, ou seja, mil milhões de meticais para tirar Dhlakama da Renamo”, declarou.

Afirmou que se orgulha pelo facto de ser líder da Renamo, um partido que “está a dar o exemplo a nível mundial”, argumentando que desde que cessou a guerra dos 16 anos, através dos entendimentos de Roma, na Itália, em 1992, “nunca se ouviu dizer que há disparos aqui, ali e acolá protagonizados pelos seus homens, pese embora estejam a andar descalços por falta de condições monetária”.

“Mas nos órgãos de informação não falta ouvir que tantos polícias ou exmilitares assaltaram bancos, por exemplo. Os nossos homens armados têm uma determinação e disciplina. Preferem andar descalços” – disse, sublinhando que “isso para mim é grande orgulho, pois são mais de 40 mil desmobilizados, mas nunca me embaraçaram nem me envergonharam”.

Nos meses passados a Renamo pôs em voga a questão de estabelecimento de quartéis paralelos no país. Na reunião da Beira esse assunto não escapou da boca de Afonso Dhlakama, visto que, no seu discurso, ele próprio afirmou que “não custa nada para que os seus ex-guerrilheiros pudessem estar aquartelados em vários locais”, a exemplo da Casa Banana, no distrito de Gorongosa.

O “Diário de Moçambique” constatou que sobre o assunto de aquartelamento dos seus homens não teve detalhes. Aliás, ressalvou que isso não significaria o retorno à guerra, justificando que “não há intenção de matar o povo”.

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