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Faltam fundos para combater à erosão em Manica

A cidade de Manica, o segundo maior centro urbano da província com o mesmo nome, necessita de pelo menos dois milhões de meticais para fazer face a erosão que ameaça a expansão e desenvolvimento urbanos, bem como a importantes infra-estruturas económicas e sociais daquela urbe.

 

 

O Presidente do Município de Manica, Moguene Candieiro, que anunciou o facto, há dias, no decurso das celebrações do trigésimo nono aniversário da elevação da então vila de Macequece à categoria de cidade, disse que a erosão constitui uma das principais preocupações da cidade, afectando quase todos os seus bairros.

O relevo da cidade, maioritariamente caracterizada por montanhas, declives e rios, agrava o cenário da erosão que, para além das casas das populações, põe em risco outras infraestruturas de importância estratégica para a urbe, daí a urgência do combate a este fenómeno.

Com efeito, segundo a fonte, as autoridades municipais já têm em carteira um projecto de combate ao fenómeno, mas o edil de Manica reconheceu não haver localmente capacidade financeira para atender o desafio.

O projecto já apresentado ao Banco Mundial, através do Ministério da Administração Estatal, está avaliado em dois milhões de meticais. Com esse montante, Manica pretende, pelo menos, minimizar o problema cuja gravidade exige muito mais investimentos.

Aliás, o presidente do Conselho Municipal de Manica referiu que o combate à erosão constitui uma das principais tarefas constantes do manifesto eleitoral e do plano estratégico da edilidade, daí ter assegurado que no próximo ano, este projecto vai iniciar com a construção de valetas de drenagem e plantação de árvores.

Para além da erosão, o abastecimento de água constitui um outro grande desafio do Município de Manica. Com uma cobertura inicial de apenas 150 famílias, o número de beneficiários ascendeu até princípios deste ano, a mais de 800 e actualmente situa-se na ordem 35 mil pessoas.

Este número inclui os beneficiários de água canalizada, dos 30 furos abertos nos bairros periféricos e ainda dos quatro pequenos sistemas. Entre outras prioridades de momento, o Município de Manica está a levar a cabo um projecto de construção de quatro mercados, alguns dos quais já na fase de acabamento, incluindo o mercado central, com capacidade de 180 bancas.

Os empreendimentos, segundo o respectivo edil, estão a ser edificados nos bairros 7 de Abril (dois) e Vumba. O atraso da conclusão das obras em referência é atribuído aos empreiteiros, os quais não estão a honrar com os seus compromissos. honrar com os seus compromissos.

A limpeza da cidade e o saneamento do meio são outras acções apontadas por Moguene Candieiro, o qual explicou também estar em curso, esforços visando a reabilitação das ruas, projecto que esta a cargo do Centro de Formação de Estradas, empreiteiro que ganhou o concurso, que entretanto, também não está a honrar o compromisso.

Em termos de organização do espaço, o edil da cidade de Manica fez referência ao parcelamento de 60 novos talhões nos bairros Vumba e Manhate, sendo porém que neste último se regista fraca ocupação por parte dos munícipes.

A título de exemplo, dos mais de 600 talhões disponíveis apenas 110 é que já estão ocupados. Trabalho idêntico, segundo Moguene, foi feito no bairro Chinhamapere, o qual já virou uma autêntica cidade, ligando-se ao bairro Muzongo, que pertence ao distrito.

Com este tipo de iniciativas, a fonte disse que o município está a ficar sem espaço para a expansão, reclamando anexar zonas contíguas que actualmente não pertencem ao território municipal.

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