A partir do próximo ano, não haverá mais exames extraordinários da 10ª classe em Moçambique, devido à crescente falta de candidatos e baixo rendimento nos últimos anos, segundo a decisão do Governo, tornada pública na terça-feira (16).
Os exames extraordinários foram introduzidos em 2003, para permitir que as pessoas que por diversas razões não podiam frequentar as aulas durante o ano lectivo, pudessem concluir este nível de ensino básico, em concreto. Volvidos 13 anos da implementação desta modalidade de prosseguir com os estudos, os candidatos da 10ª e 12ª classes diminuem consideravelmente todos os anos. Os investimentos realizados para assegurar a realização do processo também não têm retorno desejável, segundo o Governo.
Relativamente aos exames extraordinários da 12ª classe, pese embora o Executivo ainda não mostre sinais de sua extinção, os candidatos que fiquem atentos, porque a avalisar pela insatisfação das autoridades no qua tange aos resultados, não será surpresa se também forem abolidos.
Mouzinho Saíde, porta-voz do Governo e vice-ministro da Saúde, disse a jornalistas, no termo da 28ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, que as autoridades colectaram em taxas apenas 13 milhões de meticais dos 21 milhões de meticais aplicados, em 2015. E o rendimento dos examinados é baixo, ou seja, não passa dos 20 porcento.
Aos exames extraordinários em curso no país, desde a segunda-feira (15) até esta sexta-feira (19), foram inscritos só 5.090 candidatos para a 10ª classe, contra 37.293 para a conclusão da 12ª classe.
De acordo com o governante, os candidatos a exames extraordinários da 10ª classe devem, a partir do próximo ano, passar a frequentar as aulas de modo a serem sujeitos ao exame normal.