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Nampula/Lumbo prepara acesso universal às redes mosquiteiras

O Posto Administrativo de Lumbo, na província de Nampula, norte de Moçambique, espera concluir, a breve trecho, o recenseamento dos seus 38 mil habitantes, para garantir o acesso universal às redes mosquiteiras e reduzir, por conseguinte, a incidência da malária naquele ponto do país.

Lumbo é parte do distrito da Ilha de Moçambique, embora do lado continental da província de Nampula, e regista anualmente vários casos de malária assim como as diarreias e pneumonias.

Júlio Madime, médico chefe distrital, disse que o recenseamento em curso envolve as lideranças a vários níveis e visa apurar o universo de habitantes do posto administrativo com necessidade de redes mosquiteiras.

O recenseamento, segundo a fonte, visa assegurar o acesso universal de redes mosquiteiras, porque o objectivo do Ministério da Saúde (MISAU) é que a rede não esteja só ao dispor da mulher grávida e da criança menor de cinco anos, mas também que toda a família durma protegida.

“O que estamos a fazer é exactamente isso, identificarmos as famílias para sabermos qual é o número exacto que constitui o agregado porque só assim estaremos em condições de quantificar com exactidão o número de redes mosquiteiras necessárias para universalizar o acesso”, disse Madime.

Segundo a fonte, o trabalho em curso até ao momento é a nível distrital, findo o qual os dados apurados no censo serão enviados para a província que verá na componente logística as quantidades que o posto administrativo necessita.

O termo do recenseamento dependerá da flexibilidade da informação que vai sair dos povoados, mas a vontade das autoridades distritais de saúde é que num período de dois a três meses esteja disponível toda a informação na província, para que até Setembro se possa ter as redes.

A malária continua a constituir o principal desafio para a saúde pública e para o desenvolvimento sustentável do país.

Com base nos dados dos últimos cinco anos do sistema de vigilância epidemiológica, malária conta com uma média de 5,8 milhões de casos diagnosticados clinicamente por ano, sendo a principal razão de consulta externa (44 por cento) e de internamento no serviço de pediatria (57 por cento), bem como com alta taxa de letalidade (variação de 1.8 a 9.9 por cento dependendo do nível da unidade sanitária).

Para além do impacto directo na saúde, existe um peso socioeconómico enorme nas comunidades e no país em geral, particularmente para os segmentos populacionais mais pobres e vulneráveis.

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