A partir do corrente ano, a província de Nampula vai produzir óleo de caju, um subproduto extraído da casca daquela cultura. Segundo apuramos, trata-se de um composto químico de elevada massa molecular, cientificamente conhecido por CNSL, ou simplesmente óleo Shell de caju, usado em caldeiras de queima, em substituição de gás ou carvão.
Segundo Silvino Martins, gerente da “Condor Caju”, a empresa que implementará o projecto, foi a forma, encontrada pela instituição que dirige, de aproveitamento daquele derivado, que usualmente era deitado fora. Será a primeira experiência de género na nossa província, quiçá do país.
De referir que países como o Vietname e a Índia, tidos como alguns dos maiores produtores da castanha de caju, são os que fazem um aproveitamento integral do fluído da casca da castanha de caju.
A fonte não avançou dados sobre o volume de óleo Shell que a fábrica irá produzir anualmente, mas, segundo apuramos, a quantidade poderá ser maior se se tomar em linha de conta o facto de a mesma processar, anualmente, pouco mais de cinco mil toneladas de castanha de caju.
Empregando 800 trabalhadores, a “Condor Caju”, é uma das maiores unidades de descaroçamento da Castanha de Caju, dentre as mais de trinta actualmente implantadas em toda a extensão provincial.
Para que este projecto seja um sucesso, Martins defende uma maior protecção do governo aos industriais.