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Moradores encostam administradora Namapa à parede por alegados desmandos

A Procuradoria da República do distrito de Eráti está a averiguar um caso de denúncia sobre a alegada destruição de uma habitação no Bairro do Retiro, posto administrativo sede de Namapa, pertencente a uma cidadã de nome Júlia Francisco, mãe de sete filhos.

Conforme apurou o Wamphula fax, a referida residência foi destruída por ordem da administradora daquele distrito, Ângela Benesse, supostamente para dar lugar às obras de construção da ponte sobre o rio Namavi que dá acesso à vila.

Em carta datada de 29 de Junho, delegação distrital do Instituto do Patrocínio e Assistência Jurídica ( IPAJ) solicita ao Ministério Público para as devidas providências, no sentido de repor a justiça.

De acordo com Sirage Manuel, delegado do IPAJ, que afirma não ter competência par tal, disse que o governo recusa-se em construir uma outra residência, tendo se comprometido apenas, como forma de compensação em ceder à lesada um terreno numa zona da periferia da vila.

Um outro cidadão de nome Mustafa Mamudo diz ter adquirido em 2006, uma área de 372 metros quadrados, numa zona próxima do supra mencionado rio, no valor de 11 mil meticais, para a instalação de uma oficina de reparação de motorizadas e uma serralharia.

Mustafa disse que o seu projecto empregava 14 trabalhadores, entre serralheiros, pintores, mecânicos, bobinadores e serventes, com um rendimento médio diário de seis mil meticais, valor que sustentava o visado e os seus trabalhadores.

Entretanto, ambos os empreendimentos foram destruídos, também, por decisão da mesma administradora, em Janeiro deste ano, sob alegação de que o local onde se encontravam instalados era atravessado por um riacho e obstruía a normal circulação deste , perigando, deste modo, a estabilidade da respectiva ponte.

Mustafa, que afirma ter investido 172.800 meticais no projecto, lamenta que tenha sido atribuído um terreno que além de estar situado a cinco quilómetros da vila, não possui energia eléctrica, elemento fundamental para o funcionamento normal e rentável das suas actividades.

Estas e outras inquietações foram apresentadas ao governador da província, Felismino Ernesto Tocoli, na sua recente visita àquele distrito. Em resposta, o governante disse ter anotado todas as questões, mas que careciam de uma análise profunda.

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