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Município de Maputo lança concurso para construção de novo cemitério

O Conselho Municipal de Maputo lançou um concurso público para a construção de um novo cemitério em Michafutene, cujo funcionamento deverá obedecer uma nova postura, num esforço para dignificar os serviços funerais, disse o Vereador de Cemitérios e Salubridade, Florentino Ferreira .

“O nosso desejo é que a construção do cemitério de Michafutene arranque em 2011, e quando entrar em funcionamento, será de acordo com uma nova postura sobre funerais, que são todas as orientações a serem observadas para se fazer um funeral”, acrescentou aquele responsável municipal.

Ferreira realçou que a nova postura visa dignificar, cada vez mais, os serviços funerais, “e para isso, é importante que tenhamos condições para o fazer … não é o caso neste momento, no cemitério de Lhanguene, porque a situação não é boa como todos nós sabemos”.

Esclareceu que na nova postura padroniza o tipo de campas, “para evitarmos que haja enormes diferenças entre as campas. Haverá campasjazigo, mas as normais terão duas ou três formas”, para evitar situações como aquelas que se observam actualmente no Cemitério do Lhanguene.

Segundo o vereador de Cemitérios e Salubridade, haverá também orientações sobre o tempo para a realização de funerais, explicando que não se pretende proibir serviços religiosos no cemitério, “mas que é necessário que seja num tempo determinado, porque se é missa, faz-se na capela que haverá no nosso cemitério. No acto fúnebre, esse tempo tem que ser reduzido. Haverá, igualmente, um conjunto de outras orientações”.

Enquanto isso, já foi concluída a rua que dá acesso ao local onde vai ser construído o cemitério de Michafutene, a partir da estrada Nacional Número Um (EN1), um projecto do Conselho Municipal de Maputo.

Sobre a vala comum do cemitério de Lhanguene, Florentino Ferreira considerou que “este é um problema social grave que nós temos”, sublinhando que as morgues de todos os principais hospitais da Cidade de Maputo se debatem com casos de pessoas perecidas, mas que ninguém aparece para reivindicar os corpos.

Refira-se que o Conselho Municipal está a tentar fazer um estudo para aferir as possíveis causas deste fenómeno, porque nos últimos anos regista-se um número crescente de corpos abandonados nas morgues.

“Será só por falta de capacidade financeira para realizar o funeral? A Cidade de Maputo tem gente vinda de todas as regiões do país. Será que alguém teve um acidente e nenhum familiar soube e por isso o corpo ficou abandonado?”, interrogou-se.

Afirmou ser um estudo a ser feito por sociólogos e que o Conselho Municipal já entrou em contacto com a Acção Social, “para que comece a pensar em fazer um estudo sobre esta situação”.

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