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Município da Matola rejeita novas fábricas de cimento

As autoridades do município da Matola, província meridional moçambicana do Maputo, acabam de indeferir pedidos de instalação de cinco novas fábricas de cimento, por considerarem que as mesmas poderão originar problemas ambientais difíceis de gerir para o tamanho do território.

O matutino “Notícias” escreve na sua edição de hoje que as solicitações deram entrada no espaço de 90 dias e todas elas foram reorientadas para outras zonas da província.

Segundo o edil da Matola, Arão Nhancale, é mais um sinal do interesse que o sector empresarial, nacional e estrangeiro demonstra em investir naquele território, cujo potencial de crescimento económico é favorecido pela sua proximidade à maioria das instituições financeiras e não financeiras do Estado e de grandes empresas e fornecedoras de serviços.

Pesa igualmente a proximidade com o Porto do Maputo, bem como o facto de a Matola ser atravessada pelo “Corredor do Maputo”, que se tornou num das zonas estratégicas para a localização de projectos de investimento.

Aliás, explicou Nhancale, 80 porcento do total de pedidos de instalação de projectos no território municipal que deram entrada nos últimos dois anos foram acompanhados de manifestações de interesse para que os mesmos sejam instalados em espaços junto à estrada Maputo/Witbank (N4), que é parte integrante do “Corredor do Maputo”.

“A Matola está clara sobre o que deve ser feito em cada palmo do seu território. Tudo isso está definido no Plano de Estrutura Urbana recentemente aprovado pela Assembleia Municipal”, disse Nhancale. A fonte disse, por outro lado, que foi aprovdo um programa de gestão ambiental porque considera fundamental que o desenvolvimento tenha suporte em boas práticas de gestão da natureza.

“Ainda assim temos inúmeros casos de ocupações indevidas de espaços por parte de cidadãos, os quais temos estado a resolver com recurso ao diálogo”, acrescentou o edil.

Actualmente, disse Nhancale, o Município da Matola conta com 500 estabelecimentos económicos de diversos ramos, nomeadamente a agro-indústria, metalo-mecânica, materiais de construção, indústria de alimentos e bebidas, químicos e tintas.

Segundo Arão Nhancale, o sector industrial é dominado por empreendimentos de grande dimensão, cuja contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou de 10,6 porcento em 2000, para 12,7 porcento em 2007, reflexo da entrada de novos investimentos e da reabilitação do parque industrial.

Com efeito, cerca de 28 porcento das empresas do país localiza-se na cidade da Matola, assegurando emprego a um universo de 222.448 trabalhadores, que representam 46,8 porcento dos trabalhadores assalariados em Moçambique.

Paralelamente, segundo Nhancale, nos últimos quatro anos o número de habitantes da Matola cresceu aproximadamente de 50 porcento para atingir 796.230 habitantes, número que corresponde a cerca de 60 porcento da população da província do Maputo.

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