A taxa de fertilidade em Moçambique deverá baixar da média actual de 5,5 filhos por mulher em idade de procriar, para 4,8 nascimentos/mulher, até 2020, representando uma queda estimada em 0,7 filho, segundo o relatório sobre dinâmicas da população da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), acabado de ser divulgado em Maputo.
Apesar da redução, Moçambique vai continuar no grupo dos oito países com as mais elevadas taxas de fertilidade a nível da África Austral até 2020, sendo a República Democrática do Congo o país onde as mulheres continuarão a nascer mais filhos: uma média de 6,1 filhos/mulher.
Segundo as mesmas projecções, as mais baixas taxas de natalidade ocorrerão na África do Sul, ilhas Seychelles e Maurícias: 1,6 nascimento por mulher.
Em Moçambique, a redução da fertilidade deverá resultar da maior utilização de métodos contraceptivos e acesso da população à educação, uma vez que o desenvolvimento destas actividades tem culminado na maior consciencialização “de que uma elevada fecundidade pode conduzir a dificuldades para as famílias alimentarem os filhos e limitar o acesso das mulheres ao mercado de trabalho”, destaca o mesmo documento.
O Botsuana, a Namíbia, o Lesotho, o Reino da Suazilândia e o Zimbabué são outros países que registam as mais baixas taxas de fertilidades na África Austral, aliás, com uma nítida tendência de decrescimento nos últimos 10 anos.
Refira-se que a SADC conta com uma população estimada em 281 milhões de habitantes, número que deverá aumentar para cerca de 560 milhões de pessoas até 2050.