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Movimento associativo já produz resultados em Meconta

O distrito de Meconta, na província nortenha de Nampula, é um dos exemplos de destaque da conjugação entre o associativismo, sector familiar e privado na promoção do desenvolvimento económico em Moçambique.
Apesar de estar numa fase emergente, o associativismo nesta região do país demonstra muita dinâmica na produção de alimentos e melhoria da renda familiar.


Segundo o administrador distrital, Daniel Bento, Meconta possui actualmente mais de 300 associações agropecuárias registadas e outras em vias de legalização.
Na apresentação do relatório quinquenal (2004-2008) deste distrito, na sequência da visita a Nampula do Presidente moçambicano, Armando Guebuza, Bento frisou que “este sector tende a crescer com rapidez, congregando cada vez mais membros”.

 

A maioria das associações, mais de 90 por cento, é vocacionada a produção alimentar, baseada na agricultura de sequeiro. A criação de frangos de abate e agro-processamento completam a vocação destas associações. Para além do crescente movimento associativo, Meconta possui um forte sector familiar que é considerado o maior interveniente na produção alimentar e da renda.

Este sector actua na agricultura e na produção do carvão vegetal. Os postos administrativos de Corrane e Sete de Abril são os maiores fornecedores de carvão vegetal a capital província, Nampula.
A acção do sector familiar e do associativo vem subindo paulatinamente ao longo dos últimos anos graças, entre outras acções, ao sector público que dissemina as tecnologias de produção, através da sua rede de extensionistas posicionada em todos os quatro postos administrativos de Meconta.

Enquanto isso, o sector privado, neste distrito, está mais virado para o fomento do algodão e rícino. Na indústria e no comércio, o sector privado é responsável pelo funcionamento das redes de agro-processamento e comercialização agrícola, dando maior impulso a produção do movimento associativo e do sector familiar.

Por isso, Meconta regista uma evolução positiva na produção alimentar calculada em 20 por cento por ano graças a conjugação destes factores. Em Meconta, cuja população esta calculada em cerca de 158 mil habitantes, não há registo de graves crises alimentares.

No entanto, segundo o Administrador local, registam-se esporadicamente algumas bolsas de fome devido a acção de factores externos, tais como o ciclone Jókwe que devastou este distrito no primeiro semestre de 2008.

O Jókwe destruiu vastas plantações de mandioca, principalmente no posto administrativo de Corrane, provocando escassez de alimentos e uma redução drástica na disponibilidade de estacas para futuras plantações.

Quanto a possíveis disputas de terra, Daniel Bento disse que a produção agrícola não enfrenta este tipo de problemas, mas admitiu a existência de indícios nos postos administrativos de Namialo e Corrane. Estes focos estão já merecendo atenção por parte das autoridades competentes.

Com relação a castanha de Caju, Bento disse que esta cultura registou um comportamento instável ao longo do quinquénio, com produções muito variáveis, não obstante os esforços para o melhoramento do seu maneio integrado, prevenção de queimadas descontroladas que têm destruído milhares de plantas em produção e em crescimento ao longos dos últimos anos.

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