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Mortos por Ébola chegam a quase 5 mil mas o número real pode estar perto de 15 mil

Pelo menos 4.877 pessoas morreram no pior surto já registado do Ébola no mundo, e pelo menos 9.936 casos da doença foram contabilizados até o dia 19 de Outubro, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta quarta-feira (22), mas o total real de mortos pode ser três vezes maior.

A OMS disse que os números reais devem ser muito maiores do que o reportado: por um factor de 1,5 vez em Guiné Conacri, por 2 em Serra Leona e por 2,5 na Libéria, com a taxa de morte próxima de 70 por cento em todos os casos. Isso sugeriria um total de mortes de quase 15 mil.

A Libéria foi a mais atingida, com 4.665 casos registados e 2.705 mortes, seguido por Serra Leoa com 3.706 casos e 1.259 mortes. A Guiné Conacri, onde o surto começou, registou 1.540 casos e 904 mortes. Na última sexta-feira, a OMS colocou o total com 745 casos a menos.

Na última semana, a transmissão da doença intensificou-se nas cidades de Monróvia e Freetown, enquanto na capital da Guiné Conacri foram confirmados 18 casos, o segundo número semanal mais alto desde o início do surto.

Ainda que o Ébola tenha sido contido na Nigéria e no Senegal, a doença está a espalhar-se na direcção da Costa do Marfim tanto pela Libéria quanto pela Guiné Conacri, incluindo o distrito de Kankan, na Guiné Conacri, uma das principais rotas com Mali.

Kankan viu o seu primeiro caso na última semana. Contudo, a OMS disse que o distrito liberiano de Lofa registou a terceira semana consecutiva de queda em números de casos, com relatos a apontarem que a mudança foi resultado de medidas de controle. Entre os milhares de casos há 443 de trabalhadores do sector de saúde, sendo que 244 deles morreram.

A OMS disse que está a realizar análises extensivas para determinar por que o número de vítimas no sector é tão alto. “As indicações preliminares apontam que uma parte substancial das infecções ocorreu fora do contexto do tratamento do Ébola”, disse.

A OMS estima que 28 laboratórios são necessários para atender os três países que foram mais atingidos, com 12 agora em operação, e uma equipe médica com 20 mil será necessária para registar as pessoas que tiveram contacto com pacientes com Ébola e podem estar em risco.

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