Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Morreu o “Sábio de Hortaleza” Luis Aragonés

Morreu o ex-treinador de futebol espanhol, Luis Aragonés, durante a madrugada de sábado (01). O “Sábio de Hortaleza” tinha 75 anos e morreu perto das 6h15 na Clínica Centro, em Madrid. Segundo a clínica, o ex-treinador sofria de uma doença de sangue.

Aragonés conquistou, em 2008, o Campeonato Europeu de Futebol como seleccionador da Espanha. Foi o segundo título europeu espanhol em seniores, após a conquista de 1964.

“Gostaria que a selecção tivesse um nome, uma identidade. Tal como o Brasil é a canarinha ou a Argentina é albiceleste, gostaria que a Espanha fosse La Roja.” Foi com estas palavras, pouco tempo depois de assumir o controlo da equipa espanhola, que Aragonés deu o pontapé de saída para a época de ouro da Espanha.

Como jogador, foi a passagem pelo Atlético de Madrid, onde esteve dez anos (1964-74), que lhe rendeu três campeonatos espanhóis, duas taças e uma presença na final da Taça dos Campeões Europeus, em 1974.

No mesmo ano, Aragonés é convidado para assumir o cargo de treinador dos colchoneros. No Atlético, clube por onde passaria várias vezes na sua carreira, Aragonés venceu logo na primeira época uma Taça Intercontinental (1974), disputada contra os argentinos do Independiente.

Mais tarde viria a vencer uma liga espanhola (1977) e três Taças do Rei (1976, 1985 e 1992). Para além do Atlético de Madrid, Aragonés treinou o Bétis, o Barcelona (onde ganhou uma Taça do Rei, em 1988), o Espanhol, o Sevilha, o Valência, o Oviedo, o Maiorca e o Fenerbahçe (Turquia).

Mas foi à frente da selecção espanhola que Aragonés venceu o Campeonato Europeu de 2008, com uma vitória contra a Alemanha em Viena.

Para além dos êxitos dentro de campo, a Aragonés foi sempre associada a imagem de um homem sem meias palavras e que atraía a polémica por onde passasse. Um dos episódios que mais tinta fez correr aconteceu durante um treino da selecção quando Aragonés tentou motivar Juan Antonio Reyes antes de um jogo contra a França.

Os microfones apanharam o treinador a comparar o extremo com Thierry Henry, uma das estrelas dos gauleses: “És melhor do que aquele preto de merda!”, disse Aragonés, dando origem a uma enxurrada de acusações de racismo.

Mas é também de Aragonés a frase mítica que utilizava para moralizar os seus jogadores: “E ganhar, e ganhar, e ganhar, e voltar a ganhar, e ganhar, e ganhar, e ganhar, e isso é o futebol, senhores.”

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

error: Content is protected !!