Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Morreu o actor Nicolau Breyner, o “Sr. Feliz”

Morreu o actor Nicolau Breyner

O actor português Nicolau Breyner morreu esta segunda-feira. Tinha 75 anos e mais de 55 de carreira: foi actor, produtor, realizador e uma das figuras mais populares da ficção nacional. Segundo fonte oficial da assessoria do actor, morreu em casa, de “causas naturais”, ao que tudo indica de ataque cardíaco.

O actor estava desde Outubro a gravar a telenovela A Impostora, para a TVI, que ainda não estreou. A sua morte repentina chocou o mundo das artes e não só.

“A missão do actor é simplesmente emocionar as pessoas. Levá-las ao riso ou às lágrimas. Fazer com que nos odeiem ou nos amem. Enfim…. É fazê-las sonhar. Quando isso acontece, a vossa missão está cumprida”. A frase, de Nicolau Breyner, inscrita no site da escola de actores NBAcademia, que fundou, possivelmente sintetiza o trabalho de uma vida ligada à representação, ainda que com um desvio pela política.

Alentejano de Serpa, Nicolau Breyner nasceu em 1940 na vila alentejana, onde passou parte da infância. Foi como o “tanoeiro”, um pequeno papel na peça Leonor Telles, que, a 20 de Abril de 1960, se estreou no teatro, depois de ter vindo para Lisboa, para estudar no Conservatório – canto e teatro.

A estreia na televisão deu-se com “Cruzeiro de Férias”, ao lado de António Silva. Ao longo dessa década tornou-se numa das primeiras figuras do teatro de revista e na década seguinte num dos actores mais populares do país, graças à televisão. Para a maior a parte dos portugueses, será sempre o Sr. Feliz, metade da dupla “Sr. Feliz e Sr. Contente”, rábula que protagonizava com Herman José. Mas marcou a televisão com programas como Eu Show Nico (1980) ou Gente Fina é Outra Coisa (1983).

Foi também actor e coautor da primeira novela portuguesa, Vila Faia, em 1982. Na telenovela desempenhou um papel marcante, o de João Godunha. Trabalhou também como realizador de várias séries e produtor de TV, tendo sido o fundador da NBP Produções.

No cinema participou, por exemplo, em ” O Barão de Altamira” (1986), “Jaime” (1999), “Os imortais” (2003), “A Bela e o Paparazzo” (2009) e “Os gatos não têm vertigens” (2014) e assumiu o papel de realizador, entre outros, em “Contrato” e “Sete pecados rurais”. Henrique Campos, Joaquim Leitão, António-Pedro Vasconcelos, Luís Galvão Telles, António da Cunha Telles, Leonel Vieira, Jorge Paixão da Costa e Fernando Lopes foram alguns dos realizadores com quem trabalhou.

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

error: Content is protected !!