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SELO: Há barulho no INSCIG em Maputo – por Eduardo Zeco

A delegação do Instituto Superior de Ciências e Gestão (INSCIG) em Maputo vive momentos tenebrosos causados por um mau relacionamento entre os docentes e o sócio-gerente, Pedro Tualufo. Este foi alegadamente promovido ao cargo devido à sua interferência na direcção desta instituição privada, dirigida por um director-geral, o Prof. Doutor Vasco Lino. Na sequência da contenda, houve suspensão temporária, a 27 de Janeiro do corrente ano, dos professores e a 16 de Fevereiro deu-se rescisão unilateral, via oral, de um grupo de docentes.

Com este ambiente, caso o sócio-gerente não reveja a sua postura e metodologia de gestão, a credibilidade da instituição pode estar minada e comprometer-se-á o processo de ensino e aprendizagem. Por sua vez, os estudantes, que acompanhar este braço-de-ferro, esperam que o bom senso prevaleça entre as partes em desavença, para permitir que o curso normal de aulas.

A esta situação preocupante, junta-se um outro enredo também protagonizado pelo sócio-gerente. Uma correspondência electrónica mantida entre uma docente desta instituição e o sócio-gerente tornou-se pública e os colegas ficaram a saber da calúnia de que eles e o director-geral eram vítimas.

Apavorados e inconformados por conta desta atitude da sua colega, alguns professores optaram por uma acção mais vigorosa, fazendo um abaixo-assinado no qual expressavam o seu estado de choque em relação ao problema. A missiva visava ainda chamar a dupla à razão. Por sua vez, a docente acusada de fomentar fofocas recorrendo ao bom nome dos colegas intentou uma acção judicial alegando a violação da sua privacidade, por se ter conhecido o conteúdo dos seus e-mails trocados com o sócio-gerente.

A direcção duma instituição de ensino superior é regulamentada por normas do Governo, através do Ministério da Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional. É assim que o INSCIG é dirigido. O Prof. Doutor Vasco Lino, no uso das suas competências, interveio para sanar este mau ambiente e, em reunião realizada a 08 de Fevereiro, por não reconhecer a consistência das medidas que ditavam a suspensão daqueles funcionários, ordenou que estes fossem reintegrados e suspendeu, temporariamente, aquela docente envolvida na fofoca, pela sua intriga e promoção de um ambiente impróprio para uma instituição de ensino.

Com esta sábia medida do director-geral, restabeleceu-se a normalidade de funcionamento no INSCIG, mas não durou muito porque Pedro Tualufo, em reunião de 16 de Fevereiro, contrariou a decisão daquele dirigente e rescindiu verbalmente e com efeitos imediatos, os contratos dos docentes signatários de um abaixo-assinado contra a sua atitude nefasta. Ele atentou às normas laborais e de funcionamento da instituição, bem como desvalorizou e desrespeitou as decisões do director-geral.

A falta de fundos, alegada pelo sócio-gerente, como razão apresentada para a rescisão de contratos com os mesmos docentes, é visivelmente insustentável e infeliz. Por isso, os lesados negaram assinar o aviso prévio de rescisão unilateral dos acordos.

Neste âmbito, os professores submeteram uma exposição ao Ministério do Trabalho e Segurança Social, esperando que este organismo governamental intervenha e seja feita a justiça laboral e o INSCIG funcione num processo transparente.

Por Eduardo Zeco

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