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Moçambola: Ferroviário de Maputo campeão de inverno

Com seis pontos de avanço sobre o segundo classificado à entrada da décima segunda jornada, a turma locomotiva de Maputo precisou apenas de um ponto para, a uma jornada do fim da primeira volta, sagrar-se campeã de Inverno.

Já o Clube de Chibuto, que teve neste fim-de-semana uma actuação brilhante que culminou com uma goleada ao Ferroviário de Nampula por 5 a 1, assegurou a segunda posição do campeonato, enquanto o Desportivo e a Liga Muçulmana afundam-se na crise de resultados.

O Ferroviário de Maputo viajou até ao Centro do país para defrontar o seu homónimo da Beira num jogo que já se previa difícil. Aliás, o caldeirão do Chiveve tem sido um verdadeiro inferno para as equipas grandes do país, e desta vez não foi excepção.

Se a perspectiva dos adeptos, quer dos caseiros quer dos visitantes, era de ver uma derrocada da locomotiva do Centro do país depois da saída de Mussá Osman do comando técnico daquela equipa, então viram-se contrariados.

A equipa da casa cedo tomou as rédeas do jogo e encostou o adversário na zona mais recuada do seu campo obrigando-o a defender. Não houve tempo sequer para os neurónios da locomotiva da capital funcionarem devidamente como nos habituaram.

Como corolário desta situação, a primeira parte terminou com apenas um lance digno de realce por parte do líder Ferroviário de Maputo contra vários da equipa da casa, alguns dos quais obrigaram Kampango a ter de demonstrar a sua maturidade para evitar golos.

O fim da primeira parte foi um balão de oxigénio para Nacir Armando, que precisava de reestruturar a equipa. A segunda iniciou de forma equilibrada com as duas equipas a jogarem de igual para igual. Todavia, o jogo perdeu a emotividade com que vinha decorrendo no primeiro tempo, talvez porque a locomotiva local não tinha mais espaços para dar o seu espectáculo.

O Ferroviário da Beira ainda beneficiou, à passagem do minuto 68, de uma grande penalidade desperdiçada por Barrigana que atirou para as nuvens.

O resultado penalizou o Ferroviário da Beira por não ter tirado vantagem dos erros e dos espaços deixados pela defesa adversária para marcar golos e, ainda, beneficiado de uma grande penalidade não aproveitada.

Chibuto goleia a locomotiva de Nampula

Prever o resultado deste jogo era algo que nem aos magos competia. Por um lado, era o Clube de Chibuto que vinha de uma derrota pesada por 4 a 1 diante do líder Ferroviário de Maputo e, por outro, uma locomotiva que vinha de uma actuação brilhante e que culminou com uma vitória por 3 a 0 diante do HCB de Songo.

No entanto, o Chibuto, jogando em casa e diante do seu público que mais uma vez lotou por completo o campo, entrou a surpreender. Até ao quinto minuto do jogo já vencia por 2 a 0 com golos obtidos por Jacinto, o mesmo que veio à passagem do minuto 76 fazer o primeiro hat-trick deste Moçambola e escrever o seu nome na história desta competição.

Johane e Chana, aos minutos 68 e 87, respectivamente, escreveram também os seus nomes na história do jogo.

A turma locomotiva de Nampula só existiu na partida para cometer erros e dos mais ingénuos desde os de marcação, de posicionamento até aos de passes.

Com o resultado de 5 a 1, o Chibuto defendeu com unhas e garras a segunda posição da competição dividida com o Maxaquene.

Maus resultados ainda perseguem o Desportivo e a Liga Muçulmana

No sábado, o Maxaquene recebeu a Liga Muçulmana e fez jus à crise que habita no clube bicampeão nacional e que culminou com a saída de Artur Semedo do comando técnico.

Apesar de os muçulmanos terem retido a bola nos pés, pouco ou nada fizeram para criar oportunidades de ataque e transformá- las em golo. A falta de combinação entre os jogadores foi de tal maneira notória que custou àquela equipa dois golos e mais outros desperdiçados que não mereceram tanto esforço por parte da equipa tricolor.

Os tentos foram obtidos por Gabito, por grande penalidade, e Eusébio, no segundo e 51º minuto de jogo, respectivamente.

O tento que reduziu a desvantagem para 2 a 1 surgiu nos últimos dez minutos da partida, por intermédio de Nélson.

Já no domingo, na recessão ao Chingale de Tete, o Desportivo de Maputo não conseguiu somar os três preciosos pontos que o fariam abandonar a situação em que se encontra neste momento, encostado à zona da despromoção. Mais, nem o próprio Chingale, o outro aflito, venceu.

Foi um jogo bastante morno de duas equipas que não demonstraram vontade alguma de marcar golos. O Desportivo de Maputo, por um lado, conseguia ter o esférico sobre o seu domínio mas pecava nas combinações na zona dianteira. Rematava de longe, facto que denotava alguma frustração de alguns jogadores pela forma como decorria o jogo.

O Chingale, por outro, não soube estar em campo e jogou de forma desregrada. As suas bolas eram bombeadas inconscientemente da defesa para o meio campo, com os passes não certeiros, e não soube construir jogadas de ataque, ou seja, em nenhum momento do jogo ameaçou o Desportivo.

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