O Governo moçambicano projecta construir, proximamente, 12 novas barragens destinadas à retenção das águas nos períodos chuvosos e assim minimizar os efeitos negativos das cheias nas regiões próximas das principais bacias hidrográficas do país.
O estudo de viabilidade do projecto já está concluído devendo o mesmo ser aprovado pelo Governo no decurso do presente ano de 2013, segundo Suzana Saranga, directora nacional de Águas, sem, no entanto, avançar o montante necessário para a concretização da iniciativa.
Entretanto, Saranga disse que depois da aprovação do projecto deverá seguir-se, de imediato, a fase de mobilização de financiamento junto dos principais parceiros internacionais de cooperação com Moçambique.
Moçambique situa-se ajusante das principais bacias hidrográficas continentais, sendo por isso vulnerável às alterações dos caudais dos rios que nascem a montante. A nossa interlocutora reconheceu na entrevista que a actual capacidade de encaixe e conservação da água no país é ainda “bastante limitada”.
Suzana Saranga disse, entretanto, estar já em marcha o programa de reabilitação e construção de pequenas barragens em várias regiões do país, realçando ainda que, para além de atenuar o efeito das cheias, a iniciativa tem em vista reforçar a capacidade de irrigação de campos agrícolas e permitir maior acesso à água potável pelas comunidades rurais.
A gestão dos recursos hídricos, refira-se, foi um dos principais temas de debate durante a 15a Sessão da Comissão Conjunta Permanente de Cooperação entre Moçambique e Zâmbia, realizada semana passada em Maputo.
Durante o encontro, os governos dos dois países acordaram em gerir da melhor forma possível o fluxo das águas da bacia do Zambeze, principalmente, tendo em vista mitigar o impacto das cheias que frequentemente afectam a região Centro de Moçambique.
A sessão conjunta Moçambique-Zâmbia foi liderada pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, e pelo titular da pasta dos Negócios Estrangeiros daquele país vizinho, Effron Lungu.