A França declarou, este Domingo (3), que perdeu o seu terceiro soldado, num combate feroz com os rebeldes islâmicos no norte do Mali, mas não conseguiu confirmar o relatório do Chade que as suas tropas haviam matado o comandante da Al-Qaeda responsável pela tomada em Janeiro de vários reféns na Argélia.
Cedric Charenton, de 26 anos, foi morto a tiros, Sábado, em batalha com os rebeldes islâmicos no norte do país. Os combatentes ligados à al Qaeda no Mali, que haviam tomado o norte do país em Abril passado, foram empurrados durante a campanha, que já dura sete semanas, para as montanhas e deserto da região, onde estão a ser perseguidos por tropas da França, do Chade e do Mali.
O Ministério da Defesa da França anunciou que Cedric Charenton foi morto durante um ataque contra um esconderijo dos rebeldes islâmicos nas montanhas perto da Argélia. Thierry Burkhard, porta-voz dos militares franceses, afirmou que cerca de 15 rebeldes foram mortos num dos mais duros combates da campanha até agora.
Segundo o oficial francês, os insurgentes possuem armamento pesado, como foguetes, lançadores de granadas e rifles AK-47. O mesmo Burkhard não pôde confirmar o anúncio do Chade de que as tropas do país africano haviam matado o comandante da al Qaeda Mokhtar Belmokhtar num campo remoto da região.
A morte de Mokhtar Belmokhtar já foi anunciada outras vezes no passado. Esta última deu-se um dia depois de o governo do Chade declarar também como morto Adelhamid Abou Zeid, outro importante líder da al Qaeda na região do Saara.
A França e o Mali disseram não poder confirmar a morte. Caso confirmadas, as mortes significariam o fim do comando da al Qaeda no Mali. Rudt Attalah, ex-agente de contraterrorismo do governo norte-americano e hoje consultor, mostrou-se céptico em relação ao anúncio do Chade.
Segundo ele, o governo do Chade está sob forte pressão, uma vez que 26 soldados já morreram na operação. “O anúncio dessas mortes é bom para as tropas”.