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Moçambique prepara relatório de roteiro para a economia verde

A ministra para a Coordenação da Acção Ambiental, Alcinda Abreu, disse, Segunda-feira, em Maputo, que Moçambique está neste momento empenhado na preparação do roteiro para a Economia Verde e na elaboração do Relatório Nacional para a Cimeira do Rio +20 a ter lugar em Junho próximo, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

Segundo a Ministra, que falava na abertura da Conferencia Sub-Regional sobre Economia Verde em Moçambique, a preparação do roteiro nacional está a ser feita com as atenções viradas para três sectores, nomeadamente, da Agricultura, Energia e Cidades.

O encontro, que conta com apoio do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), inclui a realização de um simpósio sobre Avaliação Ambiental Estratégica, uma iniciativa que se enquadra na preparação da Cimeira sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20).

“A escolha da agricultura surge pelo facto deste sector ser o que dinamiza o desenvolvimento nacional. Energia porque o país tem um potencial de fontes renováveis de energia que, exploradas, poderão contribuir para a captação de divisas. Cidades porque a maioria da população vive nas zonas rurais mas tende a imigrar para as zonas urbanas”, explicou a ministra.

Abreu explicou que o encontro constitui um momento para o estabelecimento de parcerias visando uma abordagem regional tendo em conta que o capital natural não obedece às fronteiras políticas estabelecidas, daí a necessidade de os países, em conjunto, protegerem este capital que providencia pilares-base das economias e bem estar social.

Para a governante moçambicana, os objectivos do desenvolvimento sustentável e inclusivo rumo a uma Economia Verde terão que ser bem reflectidos na abordagem das agências de planificação e de tomada de decisões. Contudo, Abreu reconheceu que alterar os caminhos para uma economia verde não é tarefa fácil.

“Temos muitas ferramentas e directrizes agora. Talvez seja a única forma de as nações poderem satisfazer as necessidades das suas populações assegurando, a longo prazo, a sustentabilidade e o bem-estar para as gerações vindouras”, destacou a titular do pelouro do ambiente.

O facto, de acordo com a Ministra, é que o desenvolvimento sustentável a longo prazo do litoral leste da África vai depender muito de como a região gere a sua base de recursos naturais, tendo em conta que as economias formais e informais da região são fortemente dependentes de bens e serviços fornecidos pela natureza.

Ela apontou como exemplos de sucessos alcançados por Moçambique na implementação das decisões das cimeiras relevantes sobre desenvolvimento sustentável a criação do Conselho Nacional para Desenvolvimento Sustentável (CONDES), a elaboração de políticas, estratégias e leis, política e estratégia de energia, ordenamento territorial, só para citar alguns exemplos.

Para além da aprovação de políticas e estratégias em Moçambique estão a ser implementadas várias iniciativas que contribuem para a economia Verde como são os casos das Iniciativas Presidenciais Um Aluno uma Planta por ano, Um Líder uma Floresta, incluindo a declaração do Lago Niassa como “Ramsar Site”, entre outras.

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