Equipas de prospecção e pesquisa de urânio, minério radioactivo, usado na produção de energia atómica, encontram-se em Moçambique para desenvolver pesquisas no terreno com vista a apurar a existência deste e outros minérios para a sua posterior exploração.
mónia da abertura da primeira reunião de coordenação do projecto RAF 3007, com o objectivo de reforçar a capacidade regional africana na prospecção, extracção e processamento de urânio, que permitiria a produção de energia atómica para superar a crise energética e a emissão de gases poluentes para a atmosfera.
Razac disse que, as actividades de prospecção estão a decorrer na região de Mavuzi na província de Manica e ainda na província de Tete, regiões onde há sinais de ocorrência de urânio.
Outros minérios rádioactivos referenciados como de ocorrência em Moçambique são o titânio e a tantalite que ocorrem no distrito de Gilé, provincia da Zambézia, sem deixar de referir sobre os minérios que considerou de pesados extraídos nos projectos de areias pesadas de Moma em Nampula e de Chibuto, província de Gaza.
Entretanto Razac disse ser prematuro indicar as empresas que vão participar nas pesquisas e as respectivas quantidades do urânio, uma vez que o processo se encontra numa fase de prospecção, sabendose apenas que há sinais de ocorrência, garantindo no entanto que os resultados da pesquisa serão conhecidos ainda dentro do presente ano.
A reunião de coordenação do projecto RAF 3007, decorre, desde ontem, em Maputo e conta com a participação de altos representantes da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), organizadora do evento, altos quadros dos Ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT), do MIREM e ainda de representantes dos 20 países africanos envolvidos no projecto de prospecção e exploração do urânio.
Razac disse que a AIEA, acaba de disponibilizar cerca de um milhão e quinhentos mil dólares americanos, para financiar a actividade dos 20 países africanos presentes no encontro.
Num outro desenvolvimento, Razac disse que apesar da crescente entrega das empresas estrangeiras em explorar o potencial mineral energético dos países africanos, incluindo Moçambique, registam-se constrangimentos no desenvolvimento da actividade, devido a falta de preparação de quase todos os países visados em termos de recursos humanos capacitados e ainda a falta de uma legislação específica nesta matéria.
O encontro de Maputo que termina no próximo dia 27 do corrente mês, vai servir ainda para delinear linhas de acção que permitam contornar os constrangimentos existentes no desenvolvimento desta actividade.