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Moçambique perde 2% da produção de algodão por ano

Devido a deficiências que se registam durante o processo de descaroçamento do algodão destinado à exportação para mercados da União Europeia (UE) e asiático, Moçambique tem vindo a perder cerca de 2% daquela cultura por ano.

Esta informação foi avançada ao Correio da manhã pela analista do sector Comercial do Instituto de Algodão de Moçambique (IAM), Zulfate Walia, salientando que este cenário tem vindo a criar nos últimos tempos um “clima de insatisfação” da parte das empresas exportadoras do algodão.

Por outro lado, Walia lamentou o facto de, na campanha de 2009/10, Moçambique ter arrecadado somente 19,6 milhões de dólares norte-americanos resultantes da exportação de apenas 12 mil toneladas de algodão para Bangladesh, Tailândia, Indonésia, Singapura, China, Vietname e Malásia, contra projecções de receitas que indicavam USD 24,6 milhões pela exportação de 15 mil toneladas.

“Os nossos compradores tiveram que devolver as restantes três mil toneladas pelas deficiências acima apontadas”, lamentou Walia.

De referir que cerca de 18,7 mil produtores de algodão em Moçambique que haviam abandonado a actividade desde 2009, por falta de incentivos, acabam de retornar na presente safra agrícola de 2011, perfazendo pouco mais de 350 mil produtores.

O seu regresso deve-se ao agravamento recente do preço de comercialização desta cultura de rendimento em cerca de cinco meticais por quilograma, para 15 meticais/kg (Cm n° 3560, pág. 3). Contudo, em 2011, o país deverá encaixar pouco mais de 42,6 milhões de dólares norte-americanos pela exportação de cerca de 26 mil toneladas de algodão, de acordo ainda com projecções de Zulfate Walia.

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