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Moçambique na 136ª posição do índice de desempenho logístico

Moçambique ocupa a 136 ª posição no Índice de Desempenho Logístico (LPI, sigla em inglês), com 2,29 pontos, de uma escala de um a cinco, de uma sondagem do Banco Mundial que inclui 155 países do mundo, publicado na Sexta-feira, em Washington. Enquanto isso, a Africa do Sul aparece na 28 ª posição, sendo o país melhor posicionado no continente africano.

Segundo o referido estudo, a Alemanha é o país mais eficiente do ponto de vista logístico, sendo a Somália o menos eficiente, assumindo, desta feita, a última posição. Com 4,11 pontos, a Singapura ocupa a segunda posição, seguida da Suécia, na terceira posição, com 4,08 pontos. Um pormenor interessante é o facto de a África do Sul ter sido classificada acima de vários países de renda média tais como Portugal, Polónia, Brasil, Argentina, México, Grécia entre outros.

Entre os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Moçambique foi classificado acima do Botswana que ocupa a 134 ª posição com 2,32 pontos, da Zâmbia que ocupa a 138 ª posição com 2,28 pontos, Angola 142 ª posição com 2,25 pontos, enquanto que a Namíbia ocupa a 152 ª posição, com 2,02 pontos. A Serra Leoa (1,97 pontos), Eritreia (1,7) e Somália (1,34) assumem as três últimas posições da lista dos 155 países. Segundo o banco Mundial, um sistema logístico eficiente, incluindo linhasférreas, estradas e serviços portuários, serviços de alfândegas e sistemas de Informação, são os pré-requisitos essenciais para o crescimento do comércio entre os países.

Aliás, a fragilidade do sistema logístico foi identificada como uma das barreiras não tarifárias mais importantes que inviabiliza o comércio entre os países da região da Africa Austral. “A racionalização das ligações entre os mercados, farmeiros e consumidores oferece tremendas oportunidades de crescimento e de investimento, razão pela qual deveria ser o principal enfoque das estratégias de desenvolvimento dos países em desenvolvimento”, disse o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.

Por seu turno, o director do Departamento de Comércio do Banco Mundial, Bernard Hoekman, disse que “a nossa pesquisa revela que a melhoria do desempenho logístico nos países de baixa renda e nos países de renda média poderá estimular o crescimento das trocas comerciais na ordem de 15 por cento, e beneficiar todas as empresas e consumidores através de uma redução de preços e melhoria na qualidade de serviços”.

O estudo mostra que os países no topo da classificação são todos países ricos e desenvolvidos, e os 10 últimos são países todos de baixa renda. Contudo, a renda, segundo o estudo, não é o único factor determinante para um bom sistema logístico, havendo outros factores que incluem a adopção de políticas correctas, tais como a liberalização do mercado dos serviços logísticos. O LPI é um instrumento interactivo de comparação para ajudar os países a identificar os desafios e oportunidades que eles enfrentam no seu desempenho na logística do comércio e as actividades que poderão desenvolver para melhorar o seu desempenho.

Actualmente, afirma o Banco Mundial, a capacidade dos países de transportar eficientemente as suas mercadorias, bem como ligação entre os produtores e consumidores com os mercados internacionais está a registar melhorias no mundo inteiro. Contudo, o Banco Mundial adverte ainda que é preciso trabalhar muito para estimular ainda mais o crescimento económico e ajudar as empresas a colher os benefícios da recuperação económica. O LPI foi concebido e implementado pelos Departamentos de Comércio Internacional do Banco e dos Transportes, em parceria com a Faculdade de Economia da Universidade de Turku, na Finlândia.

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