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Cientistas analisam progressos na luta contra a malária

A capital moçambicana, Maputo, acolhe, de segunda-feira a terça-feira, a reunião anual da “Malária Clinical Trials Alliance” (Aliança dos Ensaios Clínicos contra a Malária, MCTA), que tem como anfitrião o centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM) – Fundação Manhiça.

O encontro, de dois dias, vai juntar representantes de cerca de 30 países, para uma análise juntamente com os investigadores membros desta entidade das actividades desenvolvidas em 2009 e os desafios que se esperam para o ano em curso, disseram a AIM fontes do CISM.

A reunião anual do MCTA realiza-se numa altura em que Moçambique, juntamente com as outras nações africanas, estão desenvolver os estudos da 3/a fase da vacina contra a malária, iniciados em finais de 2009, e aumentam as esperanças de ver disponível um novo fármaco disponível à comercialização no mercado, dentro dos próximos cinco a seis anos. A malária, doença endémica no país, é responsável por cerca de 40 por cento de todas as consultas externas nos diversos hospitais do país.

A este universo acresce cerca de 60 por cento de doentes internados nas enfermarias de pediatria, sofrendo de malária severa. No entanto, estudos feitos na Africa Sub-sahariana mostram que o uso correcto das redes mosquiteiras, impregnadas com insecticida de longa duração, pode reduzir até 48 por cento os episódios da malária e até 25 por cento a taxa de mortalidade infantil, grupo etário que muito sofre as consequências da doença nos países em desenvolvimento.

O MCTA é um projecto que pertence a uma rede internacional de centros de investigação que têm a Plataforma de Vigilância Demográfica (Demográphic Surveillance System – DSS), designada “INDEPTH NETWORK” (Rede Internacional para a Evolução Demográfica Contínua da População e sua Saúde). O MCTA tem, em geral, como objectivo conduzir ensaios clínicos de novos fármacos e vacinas contra a malária, prover assistência aos centros de pesquisa em Moçambique, Tanzânia, Malawi, Gabão, Nigéria, Gana, Gâmbia, Quénia e Senegal e ajudar a rede INDEPTH a alcançar os seus objectivos no desenvolvimento de actividades viradas à malária.

Na reunião de Maputo participarão igualmente representantes de centros de investigação e colaboradores do MCTA idos de países europeus e americanos, nomeadamente Estados Unidos da América (EUA), Grã-Bretanha e Espanha.

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