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Instituto Nacional de Estatística afirma que índice de preços está em queda

O governo moçambicano poderá alcançar as metas estabelecidas para o corrente ano, de uma taxa de inflação de um dígito, tendo em consideração a tendência de variação dos preços ao longo de 2011. A apreciação do metical, moeda nacional, face ao dólar norte-americano e ao rand sul-africano, é o factor principal para o alcance das metas.

O executivo de Armando Guebuza estabeleceu, no seu Plano Económico e Social para 2011 (PES 2011), uma taxa de inflação média anual igual ou inferior a 8.0 por cento.

No ano passado, Moçambique registou uma evolução desfavorável da taxa de inflação que no fim do ano foi de dois dígitos, superior a 10 por cento.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), de Janeiro a Setembro deste ano, houve um aumento do nível geral de preços na ordem dos 4,06 por cento.

Segundo Cirilo Tembe, director de integração, coordenação e relações externas do INE, falando hoje, em Maputo, numa conferência de imprensa convocada para apresentar o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), relativo ao mês de Setembro, a divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas contribuiu no total da inflação acumulada com 1.37 pontos percentuais.

O peixe fresco, refrigerado ou congelado, o carvão vegetal, açúcar amarelo, gasolina, ensino superior público, a mandioca seca e peixe seco foram os produtos cujo agravamento de preços teve maior impacto no total da inflação acumulada.

De referir que a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a mais antiga instituição de ensino superior em Moçambique, aumentou o custo das propinas no início do ano em mais de 400 por cento.

Assim, a taxa de matrícula anual disparou de 80 meticais para 600 meticais e o valor de inscrição por cada disciplina semestral de 105 meticais para 420 meticais, enquanto para as cadeiras anuais aplica-se o preço de 840 meticais.

No início de Julho último o Governo agravou o preço da gasolina nas cidades de Maputo e Matola, no sul, Beira, centro, e Nacala, Norte de Moçambique, de 44 meticais o litro para 47,52 meticais.

“Os agravamentos dos preços destes dois produtos e de outros como peixe fresco, refrigerado ou congelado, o carvão vegetal, açúcar amarelo a mandioca seca e peixe seco, tiveram impacto no total da inflação acumulada, contribuindo com 2.52 pontos percentuais” frisou.

No que refere a inflação registada no mês de Setembro último, o INE diz que houve uma diminuição de preços na ordem de 0.08 por cento.

Segundo Perpétua Michangula, chefe do departamento de preços e conjuntura do INE, contribuíram para a inflação do mês Setembro a diminuição dos preços de tomate, cebola, farinha de mandioca, coco, frango morto, couve e dos cadernos escolares.

De referir que o IPC é calculado tendo em conta dados recolhidos nas três principais cidades de Moçambique, Maputo, Beira e Nampula, no sul, centro e norte do país, respectivamente.

De acordo com Michangula, os dados foram recolhidos em 852 estabelecimentos comerciais, incluindo mercados, sendo 444 em Maputo, 256 na Beira e 152 em Nampula. Nesse contexto, foram analisados 1200 preços, o que na visão de Michangula, permite aferir que os resultados são próximos da realidade.

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