Até 31 de Dezembro próximo, Moçambique estará livre de minas anti-pessoais semeadas durante a guerra dos 16 anos, tal como impõe a Convenção de Otava, um instrumento cuja implementação iniciou em Março de 1999 e que prevê a proibição do uso, armazenamento, produção e transferência de minas anti-pessoais e a sua destruição.
Henrique Banze, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, disse que as ONG’s vão desembolsar cerca de 12 milhões de dólares norte-americanos para a remoção de engenhos explosivos nas províncias de Manica, de Tete e de Sofala.
Em Sofala existe uma área de 4.5 milhões de metros quadrados por desminar este ano, mas o processo depende das facilidade de acesso a algumas zonas abrangidas pelo conflito armado que assola o país, mormente a zona centro, desde o ano passado.
Henrique Banze falava em Maputo, esta quinta-feira (12), numa conferência de imprensa de preparação da 3ª Conferência de Revisão da Convenção de Otava, a decorrer na capital moçambicana de 23 a 27 de Junho corrente.
Segundo ele, de 2007 a esta parte foram removidas 100 milhões de minas em Maputo, Gaza, Inhambane, Niassa, Cabo Delgado, Zambézia e Nampula. Estas acções custaram cerca de 200 milhões de dólares norte.