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Moçambique e países baixos reforçam cooperação nas águas

Os Governo de Moçambique e do Reino dos Países Baixos assinaram, Quarta-feira, em Maputo, uma carta de intenções através da qual as duas partes SE comprometem a criar uma plataforma de desenvolvimento do sector das águas.

O documento foi assinado pelo ministro moçambicano das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, e o ministro da Agricultura e Comércio Externo dos Países Baixos, Henk Bleker, que se encontrava de visita a Moçambique junto com uma missão empresarial daquele reino país.

Falando a jornalistas, a Embaixadora do Reino dos Países Baixos em Moçambique, Fredérique de Man, disse que, ao abrigo deste memorando, Moçambique poderá inspirarse na experiência daquele país para estabelecer a sua própria plataforma de desenvolvimento do sector das águas.

“Temos uma plataforma muito forte na Holanda e a ideia é que Moçambique também pode desenvolver a sua plataforma aqui e ter uma parceria mais forte e unida”, disse a Embaixadora, destacando a importância desta plataforma para a troca de experiência entre os dois países.

Por seu turno, a directora nacional de Águas, Susana Saranga, disse que as duas partes estão já a trabalhar para identificar oportunidades existentes para o sector privado, Governo, sociedade civil e outros intervenientes contribuírem para ao aumento do acesso a água potável, saneamento adequado e para a melhoria da gestão de recursos hídricos em Moçambique.

“Nós já temos uma parceria com a Holanda, mas perguntamo-nos porque não vamos buscar uma mais valia para melhorarmos a nossa capacidade de mobilização de recursos, de fundos, criação de oportunidades de parcerias para o sector privado moçambicano e da Holanda nesta área”, disse ela.

Segundo Saranga, um dos maiores desafios de Moçambique é de fazer com que esta plataforma contribua para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) até 2015, na componente de água e saneamento.

Actualmente, a taxa de cobertura de água potável em Moçambique está estimada em 64 por cento nas áreas urbanas e 60 por cento no meio rural. No que respeita ao saneamento, a taxa de cobertura é de 41 por cento nas áreas rurais e 52 por cento nas urbanas.

Saranga reconhece que as metas por alcançar são maiores, num período de tempo menor. Com efeito, o país tem como meta a aumentar a cobertura de água para até 70 por cento, até 2015. Mas, a semelhança da Embaixadora dos Reino dos Países Baixos, ela acredita haver ainda a possibilidade de alcançar os ODM.

“Brevemente, será criado um grupo para começar a trabalhar na implementação deste projecto. Aliás, o próprio Ministro holandês disse que este memorando deve logo começar a tornar-se em acção”, disse ela.

Refira-se que esta carta de intenções foi assinada durante um seminário sobre o sector de águas, no qual participam instituições que operam nesse ramo em ambos os países.

Com essas medidas, os dois países pretendem reforçar as suas relações de cooperação nas áreas específicas de abastecimento de água e saneamento; gestão de bacias hidrográficas incluindo navegação; protecção costeira e drenagem; bem como na de agricultura e irrigação.

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