A “contribuição” de Moçambique para o aumento da inflação a nível da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) deverá ser de cerca de 3,7% até finais do mês em curso, segundo estimativas preliminares do Banco de Moçambique (BM).
No período em referência, a região da SADC deverá registar um nível de inflação de 8,1%, salienta o BM no seu documento intitulado Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação para 2012.
Refira-se que, em Março último, a inflação moçambicana foi de cerca de 2,7%, situação que colocou o país no grupo de seis países da SADC com as mais baixas taxas de inflação, de acordo ainda com aquela instituição financeira estatal.
O mesmo documento indica ainda que o Zimbabué apresentou, no período em análise, a menor taxa de inflação estimada em 0,8%, devido à estratégia de “dolarização” da sua economia de forma a torná-la mais competitiva.
A República Democrática do Congo (RDC) e a Tanzânia são os países que deverão apresentar as maiores taxas de inflação em Maio corrente, registando 20,6% e 19,8%, respectivamente, segundo igualmente o banco central.
Entretanto, o BM estima que, até finais de 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) na região da África Subsaariana vai crescer de forma “tímida” para 5,4%, contra 5,1% registados no ano anterior.
Em relação às economias avançadas, o PIB deverá desacelerar para 1,4%, em 2012, contra 1,6% do volume alcançado no ano anterior, conclui o Banco de Moçambique.
Para além de Moçambique, são membros da SADC Angola, Botsuana, RDC, Madagáscar, Malaui, Ilhas Maurícias, Lesotho, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.