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Moçambique continua sem código de barras

Em 2012, um destacado quadro do Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas (PME) disse, perante jornalistas, em Maputo, que Moçambique iria ter, ainda naquele ano, o seu sistema de código de barras, tudo dependendo de uma decisão a ser tomada numa assembleia geral da Global Standards One (GS1), então programada para ter lugar na Colômbia.

Depois desse pronunciamento protagonizado por Domingos Carlos, praticamente nunca mais se falou no assunto, até hoje. Esta Terça-feira foi a vez de Evaristo Madime, da Associação Empresarial GS-Moçambique, retomar o assunto, em entrevista, segundo o Correio da manhã.

Espantosamente, Madime disse que apenas na semana passada é que Moçambique submeteu, em Bruxelas, na Bélgica, o seu pedido de adesão ao sistema de Código de Barras (Bar Codes).

Prejuízos de milhões de USD

Quando em 2012 Domingos Carlos falou do dossier Bar Codes comentou que, anualmente, Moçambique perdia, em média, aproximadamente USD200 milhões na importação, basicamente da África do Sul, de embalagens a serem usadas nos produtos nacionais para contornar a falta de um sistema nacional de geração de código de barras.

O tom optimista de Carlos suscitou uma onda de euforia entre os empresários que acreditavam estar a se avizinhar o fim das correrias para a busca “informal” dos bar codes fora de Moçambique.

Desta vez Madime diz que os resultados da avaliação feita a Moçambique deverão ser divulgados em meados de Junho deste 2013 e caso o teste seja bem sucedido o país poderá estar habilitado a possuir o seu próprio sistema de geração de código de barras.

A ver vamos. Referiu que existem cerca de 300 instituições que mesmo sabendo que pouco ou nada de concreto se faz para o país ter o seu sistema de Bar Code submeteram requerimentos para a sua aquisição.

Os códigos de barras são uma representação gráfica de dados numéricos e alfanuméricos, sendo a leitura dos dados realizada por um scanner que emite um raio infravermelho ao longo das barras, fazendo com que o computador converta os dados capturados em letras ou números (talão, recibo do supermercado entregue ao cliente).

Quarenta anos depois do seu aparecimento, o código de barras continua a ser uma ferramenta importante para as cadeias de distribuição e para os consumidores. Todavia, dos mais de 50 países do continente africano, não chega a dezena o número dos que possuem sistema de produção interna deste importantíssimo dispositivo comercial.

Esta quarta-feira, em celebração dos 40 anos da sua criação, na Assembleia-Geral da GS1 em Los Angeles, nos Estados Unidos, haverá uma apresentação do livro The Secret Life of the Bar Codes, de John Berry, e, em Fevereiro de 2014, vai ser feito um balanço no Fórum Global em Bruxelas.

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