Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

ONU aprova primeiro tratado sobre comércio global de armas

A Assembleia-Geral da ONU, com 193 nações, aprovou, esta Terça-feira (2), por maioria esmagadora, o primeiro tratado sobre o comércio global de armas, que visa a regulamentar um negócio internacional de 70 bilhões de dólares em armas convencionais, desde armas leves a tanques e navios de guerra.

Houve 154 votos a favor, 3 contra e 23 abstenções. Irão, Síria e Coreia do Norte impediram, semana passada, o consenso necessário para a adopção do tratado durante uma conferência na sede da ONU.

Dessa forma, as delegações que apoiam o tratado não tiveram escolha a não ser recorrer à votação na Assembleia-Geral. O tratado será aberto a assinaturas no dia 3 de Junho e vai entrar em vigor 90 dias depois da 50ª assinatura de ratificação.

China e Rússia, grandes produtores de armas, receberam o apoio de Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua e outros países na abstenção. Alguns países queixaram-se que o tratado favorece mais os países exportadores do que os importadores.

Os Estados Unidos, maior exportador de armas do mundo, disseram, semana passada, que iriam votar a favor do tratado, apesar da oposição do poderoso lobby pró-armas dos EUA Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês).

O NRA opõe-se ao tratado e prometeu lutar para impedir a sua ratificação pelo Senado dos EUA quando chegar a Washington. O NRA diz que o tratado prejudicaria os direitos de posse de armas nos EUA, uma posição que o governo dos EUA rejeita.

O embaixador sírio na ONU, Bashar Ja’afari, repetiu que o seu governo opõe-se ao tratado de comércio de armas, porque não proíbe a venda de armas para actores não-estatais e “terroristas”, como o governo descreve os activistas na Síria, onde uma guerra civil de dois anos já deixou pelo menos 70 mil mortes, segundo estimativas da ONU.

A Síria rotineiramente refere-se aos rebeldes que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad como “terroristas” apoiados por governos estrangeiros.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!