Moçambique detém um elevado arsenal de armas de fogo fora do controlo das autoridades governamentais locais, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O mesmo organismo da família da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta também a República Democrática do Congo, Angola e África do Sul como fazendo parte do grupo de quatro países da África Austral tidos como “com mais e graves problemas de proliferação de armas de fogo fora do controlo das autoridades governamentais locais”.
A informação vem contida num relatório do PNUD acabado de ser publicado e intitulado Estratégia de Controlo de Armas Ligeiras na África Austral. O documento realça que naqueles países “reina um clima de insegurança e instabilidade devido à proliferação de armas de fogo fora do controlo das autoridades”.
Para minimizar a situação, o PNUD acaba de alocar a Moçambique cerca de 14,9 milhões de dólares norte-americanos para, entre 2010 e 2011, implementar um projecto de formação de unidades especializadas para controlo de armas de fogo e contra tráfico de armas.
As referidas unidades serão integradas por agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) e está igualmente em implementação nos restantes três países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), através da organização regional de chefes de Polícia da África Austral, denominada SARPCCO.