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Moçambique aumenta energia vendida ao Botswana

Moçambique poderá aumentar, até 75 megawatts, a quantidade de energia eléctrica fornecida ao Botwsana, revelou a Agencia de Informação de Moçambique (AIM) o Ministro moçambicano da Energia, Salvador Namburete.

Em entrevista à AIM, Namburete disse que esta foi a decisão encontrada pelo Governo moçambicano em resposta ao pedido do Executivo do Botswana no sentido de Moçambique aumentar a energia vendida àquele país membro da Comunidade de Desenvolvimento da Africa austral (SADC). “O fornecimento de energia ao Botswana já está a acontecer, no âmbito de um acordo existente há algum tempo. Agora, eles recebem volta de 30 megawatts, quantidade que pretendem aumentar para 75 megawatts”, afirmou o governante moçambicano.

Com uma capacidade de produção de 2.075 megawatts, a maior barragem geradora de energia eléctrica do país, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), quase que já não é capaz de responder a demanda regional deste recursos energético. Actualmente, a HCB está a vender perto de 2000 megawatts da sua energia, sendo a produtora e distribuidora sulafricana ESKOM o maior cliente deste empreendimento revertido ao Estado moçambicano.

Apesar disso, o Ministro da Energia diz haver energia suficiente para vender ao Botswana. Segundo Namburete, a empresa distribuidora Electricidade de Moçambique (EDM) pode fornecer energia àquele a partir das suas reservas na HCB. Assim, a EDM está a trabalhar conjuntamente com a sua congénere tswana, a BPS (Botswana Power Corporation), no sentido de operacionalizar este acordo entre os dois países. Entretanto, o aumento da quantidade de energia eléctrica fornecida ao Botswana implica a utilização das linhas de transmissão do Zimbabwe ou da Africa do Sul.

A rede mais viável, de ponto de vista de custos, é a zimbabweana, mas enfrenta sérios problemas técnicos. Assim, o Botswana está a negociar no sentido de reabilitar as linhas de transmissão do vizinho Zimbabwe para utiliza-las no transporte de energia eléctrica. Citado pelo jornal “Sunday Standard”, o Ministro tswana da Energia e dos Recursos Minerais e Hídricos, Ponatshego Kedikilwe, disse que uma equipa conjunta da BPC e da sua congénere zimbabweana (ZESA) estavam a trabalhar no sentido de avaliar a capacidade técnica das actuais linhas de transmissão do Zimbabwe.

Kedikilwe falou dos futuros projectos de produção de energia eléctrica em Moçambique, como são os casos do desenvolvimento da HCB Norte e da Barragem de Mpanda Nkuwa. Para o Governo tswana, esta é uma oportunidade a explorar, sobretudo depois da ESKOM cortar o fornecimento da sua energia a BPC para responder as necessidades internas da Africa do Sul.

“Considerando que estes são projectos potencialmente lucrativos, do ponto de vista comercial, nós sentimos que o Botswana devia aproveitar a vantagem e explorar essas potencialidades para investir nos seus projectos para gerir receitas de modo a impulsionarmos o nosso programa de diversificação económica”, disse o governante, acrescentando que toda a energia proveniente dos projectos futuros de Moçambique será exportada.

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