Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Moçambicanos exigem revisão da Legislação de electricidade

Moçambique só poderá reduzir situações de sabotagens de infra-estruturas públicas e de material eléctrico se proceder a uma revisão da lei sobre a electridade, considerada desajustada com a a actual realidade, incluindo a revogação do instrumento legal que permite a prática do negócio e exportação de sucata.

Esta posição é defendida pela comissão de prevenção e combate ao roubo de material eléctrico, reunido esta quinta-feira, em Nampula, para avaliar o cumprimento de algumas medidas tomadas em 2008 ao nível da província, bem como verificar o actual estágio de vandalização de todo o tipo de material eléctrico nas regiões sul, centro e norte do país.

A empresa pública Eletricidade de Moçambique (EDM), a mais lesada por este fonómeno, afirma que as acções de vandalismo agravaram-se nos últimos cinco anos, devido à crescente procura de sucata no território nacional e que tem como destino a África do Sul, Suazilândia, Índia e China. Esta situação, segundo fontes da EDM, vem associar-se ao crescente número de instituições privadas vocacionadas no fabrico de utensílios domésticos, usando, como matéria prima, o cobre e o alumínio, considerados valiosos no processo de electrficação.

A EDM considera que, para além de comprometer os projectos de expansão da rede eléctrica, o vandalismo tem causado enormes prejuizos à empresa e os técnicos dispendem demasiado tempo nas reposições do material vandalizado, em detrimento de outras actividades. Erasmo Biosse, director do Departamento da Eficiência Energética, disse que a sua instituição perde, anualmente, cerca de 30 milhões de dólares americanos, devido à actos de sabotagens protagonizados por indivíduos que, em muitos casos, não chegam a ser localizados ou, quando são detidos, acabam, pura e simplesmente, por ser soltos sob caução e outros nem sequer são julgados.

Segundo Biosse, as sabotagens verificam-se, com maior incidência, ao longo dos corredores Sofala/Manica e Nampula/ Nacala-Porto, esta última cidade, segundo a nossa fonte, corre sérios risco de ficar sem energia eléctrica. Aquele responsavel revelou, ainda, que, ao longo da linha entre a capital provincial e a cidade portuária de Nacala, tem sido frequente a ocorrência de torres torsadas, cantoneiras cortadas e postes derrubados.

Os participantes ao referido encontro consideram tratar-se de uma situação que afecta não apenas a EDM, mas a toda sociedade moçambique, pelo que as medidas de prevençãoo deveriam ser mais rigorosas. Alberto Paulo, procurador provincial– chefe da República, e Arsénia Massinguie, comandante provincial da PRM, defendem o envolvimento dos líderes e os conselhos e policiamento comunitários neste combate. Alberto Paulo defende a integração da Comissão do Reforço da Legalidade e a interdição do cobre e do aumínio no conjunto de sucata, enquanto Arsénia Massingue apela a um maior controlo interno, argumentamndo que os autores do roubo de material eléctrico são indivíduos com alguns conhecimentos técnicos ou com qualquer ligação com os funcionários da Empresa Electricidade de Moçambique.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts