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Moçambicanos detidos na RAS por posse ilegal de ouro

Dois cidadãos moçambicanos foram detidos, domingo passado, em Vereening, Africa do Sul, devido ao seu provável envolvimento num caso de posse ilegal de cinco quilogramas de ouro bruto, orçado em cerca de 500 milhões de rands. 

Os dois moçambicanos, os irmãos Sebastião e Afonso Trinta, integravam um grupo de quatro indivíduos, incluindo o congolês Patrick Marie e o tanzaniano apenas identificado pelo nome de John, que foram neutralizados pela Policia por volta das seis horas locais quando se faziam transportar numa viatura Toyota Corolla, interceptada quando se dirigia a Joanesburgo. Supõe-se que os dois moçambicanos sejam provenientes da província nortenha de Nampula.

Segundo o porta-voz da Policia sulafricana em Vereening, Jimmy Dhlamini, citado pelo jornal “O País”, o ouro apreendido estava sendo levado para Joanesburgo, cidade da qual seria depois enviado para a venda na República Democrática de Congo. Dhlamini disse que a Policia, através do seu Departamento de Tráfego, surpreendeu estes quatro imigrantes quando se faziam transportar numa viatura com matrícula estrangeira, provavelmente da Tanzânia.

“Durante a fiscalização da viatura e dos documentos, encontramos cinco quilogramas de ouro escondidos no assento traseiro numa sacola de cor preta”, disse a fonte, acrescentando que foi na mesma operação em que foram encontrados os dois Trinta’s sem passaportes. A Policia acredita que esta é uma rede internacional de traficantes de ouro, com ligações com pessoas trabalhadoras dos locais de extracção deste minério, agentes das Alfândegas, Migração e, provavelmente, pessoas influentes do Governo.

Entretanto, os irmãos Trinta negam estarem envolvidos em qualquer acto de tráfico de ouro, mas admitiram conhecer os seus acompanhantes Patrick e o John há cerca de seis meses. Eles dizem que conhecem os dois companheiros da Tanzânia onde vivem há mais de cinco anos e trabalham num loja de venda de peças de viaturas. Eles dizem que conheciam os dois companheiros como vendedores de peças de carros e não como prováveis traficantes de ouro.

Estranho é que Patrick afirma não conhecer nenhum dos seus acompanhantes, sendo apenas vítima da injustiça da Policia (por o ter detido), por ter pedido boleia para Joanesburgo.

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