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Missão na Síria precisa de mais observadores e aviões – ONU

O implacável derramamento de sangue na Síria complicou as preparações, esta Terça-feira, da equipe de observadores da ONU para monitorar uma trégua que resultou apenas em pausas de curta duração à violência desde que o presidente Bashar al Assad comprometeu-se a aplicá-la, semana passada.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o cessar-fogo havia sido “observado no geral”, embora ainda houvesse violência, mas a missão de 250 observadores “não seria suficiente, considerando a situação actual e a vastidão do país”.

Ele disse em Luxemburgo que a Organização das Nações Unidas estava a pedir à União Europeia para fornecer helicópteros e aviões para melhorar a mobilidade da operação, o que ele iria propor formalmente ao Conselho de Segurança, Quarta-feira.

Não ficou claro se Assad iria concordar em permitir mais tropas da ONU e mais aviões estrangeiros no país.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, confiando nos relatos de activistas anti-Assad, disse que pelo menos duas pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas num bombardeio quando as tropas tentaram tomar o controle de Basr al-Harir na província de Deraa, ao sul.

Os activistas afirmam que a cidade tem sido uma fortaleza rebelde. Na província de Idlib, ao norte, as forças do governo dispararam morteiros e metralhadoras em duas aldeias, matando três pessoas, informou o Observatório.

As forças também bombardearam os distritos de Khalidiya e Bayada, em Homs, onde o ataque de artilharia foi retomado, Sábado, dois dias depois de a trégua entrar em vigor.

As ruas de Homs tomadas pelos rebeldes no início deste ano agora assemelham-se a cenas da 2ª Guerra Mundial. A violência relatada, um dia depois de o Observatório informar que 23 pessoas foram mortas, coincidiu com o segundo dia de preparação do grupo de seis soldados da ONU para a missão.

Assad, que concordou com um plano de paz do enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, mais de três semanas atrás, ignorou aparentemente o pedido principal, que os tanques, tropas e armas pesadas sejam retirados de áreas habitadas e todas as formas de violência sejam interrompidas.

Uma missão de observação da Liga Árabe foi abortada em Janeiro, depois de apenas um mês no país. Os observadores árabes desarmados disseram que a repressão do governo contra os manifestantes e rebeldes armados tornaram a sua missão muito perigosa.

250 monitores “não são suficientes”

A equipe da ONU criou um escritório de operações num escritório existente da ONU em Damasco e visitou o Ministério das Relações Exteriores, esta Terça-feira.

Damasco afirma que, assim como na operação da Liga Árabe, todos os “passos em terra” da missão desarmada da ONU devem ser coordenados com o Estado para sua própria segurança.

“O número da missão de supervisão é de 250”, disse Ban. “Isso é o que eu vou propor ao Conselho de Segurança … há sempre a questão de saber se 250 são suficientes. Eu acho que não é o suficiente, considerando a situação actual e a vastidão do país”.

“É por isso que precisamos de mobilidade muito eficiente de nossa missão. Isso é o que eu discuti com os líderes da UE ontem … se a UE poderia fornecer todos esses activos para a mobilidade, incluindo helicópteros e aviões …”, disse Ban.

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