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Missa de corpo presente de Malangatana envolta em polémica

O Ministério da Cultura quer celebrar a missa de corpo presente do pintor moçambicano Malangatana na sala refeitório do Mosteiro dos Jerónimos, uma iniciativa que o Patriarcado de Lisboa não autoriza. Em comunicado, o gabinete da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, indica que esta sexta-feira, pelas 14h00, será celebrada missa na sala do refeitório dos Jerónimos, onde estará em câmara ardente o corpo do pintor Malangatana, que morreu na quarta-feira aos 74 anos.

Segundo a Rádio Renascença, o cónego do Mosteiro dos Jerónimos confirma que não autoriza a realização da missa num espaço onde em 500 anos de história nunca houve uma celebração. Tal excepção só aconteceria se fosse autorizada pelo Patriarcado, que já disse à Renascença que a missa só seria possível se fosse na Igreja dos Jerónimos e não no refeitório, como pretendia o Ministério.

A polémica em torno das cerimónias fúnebres de Malangatana é adensada por outra questão. É que não há memória nos últimos anos de uma figura da cultura portuguesa ter recebido honras como esta nos Jerónimos.

A ordem veio directamente dos gabinetes dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Cultura e não passou sequer pelo IGESPAR, o organismo da Cultura que tutela o Mosteiro, classificado como património mundial. Malangatana ficará em câmara ardente nos Jerónimos, onde esta sexta-feira personalidades como Mário Soares e o embaixador de Moçambique em Lisboa vão prestar-lhe homenagem.

 

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