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MISAU pondera introduzir novas tecnologias de diagnóstico de doenças crónicas

O tratamento da tuberculose e do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), causador do Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), poderão melhorar significativamente com a introdução de uma nova tecnologia de diagnóstico e monitoria nos próximos em Moçambique.

A UNITAID, uma organização internacional francesa, anunciou, esta segunda-feira (11), em Maputo, que dispõe de instrumentos sofisticados que permitem diagnosticar a tuberculose, o HIV/SIDA e a malária a um resultado altamente exato e rápido, usando aparelhos de fácil uso e movimentação no sentido de abranger as populações que para ter acesso aos serviços sanitários precisam percorrer longas distâncias.

Trata-se de uma iniciativa que ainda está a ser estudada pelo Ministério da Saúde (MISAU), mas que a UNITAID já desenvolve em vários países em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Médicos Sem Fronteiras e a Fundação Clinton.

Philippe Douste-Blazy, Presidente do Conselho de Administração da organização internacional francesa, disse que o aludido projeto permite fazer testes e monitorar os pacientes em zonas rurais e melhorar a qualidade dos cuidados médicos. Pode dar resultados em 20 minutos.

De acordo com ele, o maior problema que Moçambique enfrenta em relação ao disgnóstico do HIV/SIDA, por exemplo, tem a ver com facto de os aparelhos existirem nos hospitais das capitais provinciais. Contudo, a tecnologia que pretende introduzir permite abarcar as zonas recônditas.

Sobre o uso da referida tecnologia, o ministro moçambicano da Saúde, Alexandre Manguele, disse que o país precisa primeiro de ver e examinar os tais aparelhos, bem como os procedimentos inerentes ao seu uso porque ainda não sabe como é que funcionam. Tudo o que sabe a seu respeito lhe foi relatado pela UNITAID.

Em Moçambique, aquela organização investiu 40 milhões de dólares norte-americanos em tratamentos de 25 mil crianças infectadas pelo HIV/SIDA. Outras 10 milhões de pessoas foram tratados da malária e tuberculose resistentes.

Caso Moçambique concretize a implementação do anunciado protótipo, será o primeiro África Austral a beneficiar de um apoio UNITAID no combate às doenças crónicas e epidemiológicas.

Segundo Philippe Douste-Blazy, os custos das intervenções médicas são provenientes das companhias aéreas, que cobrassem um dólar a cada viajante pela compra de um bilhete de passagem à luz de um entendimento nesse sentido.

Fazem parte desta iniciativa países como a França, Reino Unido, Brasil, Noruega e Chile. Seis países africanos, nomeadamente, Maurícias Congo, Madagáscar, Camarões, Niger e Mali já contribuem da mesma forma. Espera-se que mais países adiram à iniciativa.

 

 

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