O Misa-Moçambique lançou um comunicado no qual repudia veementemente a reacção da Força de Intervenção Rápida (FIR) contra jornalistas da STV que faziam reportagem sobre a greve da G4S.
No referido comunicado distribuído à imprensa, o MISA-Moçambique refere que seguiu com indignação os actos de intimidação e obstrução perpetrados, esta quarta-feira, por membros da Força de Intervenção Rápida à equipa de reportagem da estação televisiva STV, quando esta fazia a cobertura jornalística de uma greve empreendida por trabalhadores da empresa privada de segurança, G4S, na cidade de Maputo.
Na ocasião, membros da Força de Intervenção Rápida encetaram manobras de bloqueio e obstrução ao trabalho de registo de imagens da equipa da STV, ordenando o não registo do acontecimento, com ameaças explícitas de destruir o equipamento de filmagem.
“O MISA-Moçambique condena em termos vigorosos esta acção despropositada da FIR, na medida em que ela viola claramente o conteúdo do Artigo 27 da Lei de Imprensa, que atribui ao jornalista direito de “livre acesso e permanência em lugares públicos onde se torne necessário o exercício da profissão”, e o direito de “não ser afastado ou por qualquer forma impedido de desempenhar a respectiva missão no local onde seja necessária a sua presença como profissional da informação…” – lê-se no comunicado.
No mesmo comunicado, o Misa-Moçambique recorda em diferentes fóruns e ocasiões o órgão tem vindo a alertar as autoridades públicas nacionais, no sentido de prepararem adequadamente as forças de defesa e segurança do país, de modo a que harmonizem a sua actuação de manutenção da segurança e da ordem pública, com as regras de um Estado de direito democrático, respeitando os direitos humanos fundamentais, consagrados na Constituição da República de Moçambique.