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‘@ minha verdade -Sobre o terrorismo, o narcotráfico e o Estado de Direito Moçambicano

É o prenúncio de uma “invasão América” em marcha! É mais uma das velhas manobras maquiavélicas americanas para instalarem o seu comando africano (AFRICOM) em Nacala, como centro geo-estratégico militar e do combate ao crime organizado internacional!

É um ataque à soberania e auto-estima nacional! É uma tentativa de desacreditar o Estado de Direito Moçambicano! Trata-se de mais uma investida da “propaganda americana” para desacreditar o empresariado nacional! Estas e outras reacções que tipificam o quadro de “teorias da conspiração” devem estar a alimentar o debate, na habitual postura defensivista muito moçambicana de abordar uma situação sem a enfrentar criticamente.

Para melhor esclarecer-vos, estou a falar das manchetes que marcam a semana no País e em meio mundo, segundos as quais: – Moçambique (mais precisamente as províncias de Nampula e Tete) alberga campos de treino de operacionais paquistaneses e somalis da Al Qaeda e sua congénere Al Shabab, com vista a ataques terroristas à África do Sul durante a Copa do Mundo; – Mohamed Bachir Suleman, um dos mais ricos e poderosos empresários moçambicanos é considerado, pelo Governo Departamento de Tesouro Norte-Americano e pelo seu Presidente Barack Obama, um Barão internacional da droga; Pois, mais do que lançar tais teorias da conspiração ou assumirmos como verdades tais acusações, alegações, medidas dos agentes de inteligência militar e do Estado Americano, o que importa aqui é reflectir sobre que implicações tais factos têm para o País.

Cabe a todos nós como Estado Moçambicano, em sociedade, reflectirmos sobre o que significa o nosso País ser tomado como um viveiro de células da Al Qaeda e uma das mais influentes figuras do empresariado de sucesso Moçambicano estar implicada com “mãos sujas” do tráfico de droga. Mais do que, no seu caso particular, caber ao Sr. Mohamed Bashir Suleman uma reacção ou explicação à Sociedade Moçambicana perante a acusação que pende sobre si, é urgente o Estado Moçambicano, pelas suas instâncias mais altas de salvaguarda da legalidade, apurar e exigir o “ónus da prova” que pende sobre o Governo Americano por tão sérias e graves alegações (terrorismo) e medidas (narcotráfico).

Os altíssimos sinais exteriores de riqueza acumulada pelo Sr. Bachir, as suas megalómanas benfeitorias à Comunidade Muçulmana, ao Governo Moçambicano, ao Partido FRELIMO, e à Sociedade Moçambicana qualificam-no tanto como um honrado patriota e filantropo bem assim como um empresário suspeito de enriquecimento ilícito e favorecido. A conhecida vulnerabilidade de Moçambique ao tráfico, entrada e permanência ilegal de imigrantes com actividades suspeitas ou pouco claras são factos de domínio do vulgo. São situações que fertilizam campo para a crença na im(p)unidade de agentes do crime, de prósperos narcotraficantes e de redes de terroristas.

O que não significa, de maneira alguma, que o que os Americanos sejam donos da verdade. O que, todavia, obriga o Estado Moçambicano a garantir aos seus cidadãos e ao mundo que Moçambique não é albergue de terroristas nem é corredor e bastião de sobas do narcotráfico. Mais do que a honra, o bom nome e o prestígio do Sr. Mohamed Bachir Suleman, mais do que a auto-estima e a soberania nacional, está em causa Moçambique como um Estado de Direito, em que há Lei, há Ordem, há Justiça, onde se há Crime há Castigo. O nosso Governo tem a oportunidade de, uma vez por todas, provar aos Americanos e ao Mundo, que Moçambique é um Estado de Direito, de facto!

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